PF executa nesta terça (11) operação que investiga secretário de saúde de Cabral
Um suspeito já foi levado pela PF para prestar depoimento
Rio de Janeiro|Do R7
A Polícia Federal deflagrou nesta manhã de terça-feira (11) a operação Fatura Exposta, em que é investigado um esquema de corrupção durante a gestão do ex-governador Sergio Cabral, em que o seu então secretário de estado de saúde e presidente do Into (Instituto de ortopedia), Sergio Côrtes, é suspeito de beneficiar a fornecedora Oscar Iskin em licitações. De acordo com informações da PF, Côrtes cobrava propinas para garantir vantagens para a empresa que fabrica próteses.
O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Estado do Rio de Janeiro, expediu três mandados de prisão preventiva para Sergio Côrtes, Miguel Iskin e Gustavo Estelita. Outros dois mandados de condução coercitiva foram expedidas para Cesar Romero Viana, ex-funcionário do Into, suspeito de tentar obstruir as investigações.
Gustavo Estelita, sócio da empresa Iskin, já foi levado para a sede da Polícia Federal, onde prestará depoimento. O esquema de propina consistia na distribuição de 10% dos valores dos contratos da Iskin com o Into, em que eram distribuídos 5% para Cabral, 3% para Cesar Romero, 2% para Côrtes e o restante era divido entre instituições públicas como o Tribunal de Contas do Estado.
Em 2015 uma CPI (Comissão Parlamentar Invesgativa) da Alerj já investigava a contratação de oito cooperativas pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) com dispensa de licitação. Estima-se que cerca de R$ 600 milhões foram desviados na época. Suspeita-se que verbas do Fundo Especial da Saúde eram desviados para a Secretaria de Comunicação Social para a realização de propaganda. Segundo as investigações aproximadamente R$ 37 milhões foram desviados da SES.
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