A Polícia Federal prendeu, nesta quinta-feira (23), sete suspeitos em uma operação contra uma quadrilha que fraudava auxílios no INSS durante a segunda fase da “Operação Metamorfose”. A operação foi realizada em bairros do Rio de Janeiro, e nos munícipios de Nilópolis e Mesquita, na Baixada Fluminense.O objetivo da ação foi prender as lideranças do grupo. Segundo a investigação, os integrantes recolhiam benefícios em nome de pessoas fictícias ou falecidas. Uma vez que o auxílio era concedido, os suspeitos abriam contas em agências bancárias, faziam saques dos valores e pediam cartão magnético para saques futuros. Além disso, os integrantes se apresentavam ao INSS com uma falsa identidade.Os autores irão responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato previdenciário, peculato eletrônico, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. As penas podem chegar a 36 anos e 8 meses de reclusão.A Secretaria de Estado de Saúde informa que a UPA da Penha e o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na mesma região, funcionam normalmente. A Clínica da Família (CF) José Breves dos Santos e a CF Heitor dos Prazeres mantiveram o atendimento à população. Apenas as atividades, como as visitas domiciliares, foram suspeitas na manhã desta quinta-feira (23).Dois alvos ainda não foram localizados e seguem procurados. A operação continua em andamento.Na primeira fase da operação, a PF cumpriu 18 mandados de busca e apreensão e 19 mandados de prisão preventiva contra o mesmo grupo criminoso. A quadrilha causou à Previdência Social um prejuízo de aproximadamente R$ 8 milhões e os valores estimados, se não fosse pela ação da PF, poderiam chegar até R$ 12,3 milhões.Os integrantes fraudavam os benefícios do tipo pensão por morte e benefício de prestação continuada ao idoso hipossuficiente (BPC-LOAS). Eles se apresentavam como representantes legais dos titulares “fantasmas” ou falecidos e obtinham os auxílios.De acordo com a polícia, o nome escolhido da operação foi pelo modo de atuação da quadrilha, que buscava “transformar” a identidade dos envolvidos para obter benefícios fraudulentos, como uma espécie de metamorfose, que deriva do grego “metamorphosis” e significa transformação.