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Polícia do Rio conclui que anestesista abusou de mulher e pede prisão preventiva

Ele teria abusado de uma mulher durante um procedimento realizado em fevereiro de 2021 em hospital da UFRJ

Rio de Janeiro|Do R7, com informações do Jornal da Record

O anestesista Andres Eduardo Oñate Carrilo, de 32 anos
O anestesista Andres Eduardo Oñate Carrilo, de 32 anos

A polícia do Rio de Janeiro conclui um inquérito contra médico suspeito de estuprar uma paciente durante uma cirurgia. O anestesista, denunciado ao Ministério Público por este caso, ainda é investigado pelo estupro de outra mulher, por armazenar ponografia infantil e pelo exercídio ilegal da medicina.

A polícia concluiu que Andres Eduardo Oñate Carrilo, de 32 anos, abusou de uma mulher durante um procedimento realizado em fevereiro de 2021 no hospital Clementino Fraga Filho, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Na época, ele era residente e não poderia ter atuado como anestesista. O delegado Luiz Henrique Pereira, responsável pelo inquérito, pediu que a prisão dele seja convertida em preventiva.

Na próxima semana, a polícia vai dar início a uma nova fase de coleta de depoimentos. O médico colombiano ainda é investigado pelo estupro de outra paciente em 2020, em Saquarema, na região dos lagos. O crime foi registrado no celular pelo próprio anestesista. A defesa da vítima pretende processar o hospital onde o crime teria acontecido.

“Ele não poderia estar exercendo a função porque ele não tinha o Revalida. Só poderia fazer qualquer procedimento acompanhando de um profissional que estivesse apto. Devidamente qualificado”, afirma o advogado Sandro Rocha.


Nesta semana, a médica anestesista que estava na cirurgia de laqueadura da mulher violentada afirmou que a paciente levou mais tempo do que o normal para acordar da sedação e que também houve demora no retorno dela para o quarto, após a cirurgia.

O médico ainda é investigado por criar perfis falsos em redes sociais para atrair vítimas menores de idade e armazenar imagens de pornografia infantil. A polícia quer saber se ele chegou a abusar de crianças, inclusive durante cirurgias. Andres mantinha arquivadas mais de 20 mil imagens de abuso sexual envolvendo crianças a adolescentes. O material incluía até bebês com menos de 1 ano.


O anestesista foi proibido pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro de exercer a profissão.

Só pelo crime de estupro de vulnerável, o anestesista colombiano pode pegar até 15 anos de prisão. A defesa do médico disse que, por enquanto, não vai se manifestar.

Por meio de nota, o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho disse que o médico citado não atua mais na unidade e que o caso está sob segredo de justiça. A direção do Hospital dos Lagos disse que colaborou com a Polícia Civil na investigação que levou à prisão do anestesista e que o médico foi desligado do hospital em 2021.

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