Polícia prende 18 homens por furto e adulteração de combustível no Rio
Eles desviavam parte da carga para diversas garagem localizadas no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense da cidade
Rio de Janeiro|Raíza Chaves, do R7*
A Polícia Civil prendeu 18 homens acusados de integrarem uma organização criminosa especializada em furto e adulteração de combustível em diversas regiões da cidade, nesta quinta-feira (21).
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A ação buscou cumprir 17 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão em empresas e residência dos investigados, além de 15 mandados de busca e apreensão de caminhões tanques utilizados para o transporte do combustível e o bloqueio de bens no valor total de R$8 milhões.
As investigações se iniciaram há cerca de oito meses e os criminosos agiam a partir de empresas legalizadas no ramo de transporte de combustíveis. Eles desviavam parte da carga para diversas garagem localizadas no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense do Rio, conhecidas como"biqueiras". Com o transporte supostamente legalizado eles realizam o frete do combustível para cidades do Sul e Norte Fluminense, regiões Serrana e dos Lagos e a própria Baixada.
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Além disso, os desvios ocorriam em todos os transportes realizados a partir de carregamento nas distribuidoras localizadas na área de Duque de Caxias. Os caminhões saíam das distribuidoras carregados e o desvio ocorria nas garagens das empresas contratada. A quantidade subtraída variava entre a chamada "cotinha" de 60 a 120 litros até as que atingiam cerca de mil litros. Nesses casos, os caminhões era completados com solvente para evitar que o desvio fosse identificado.
Após o carregamento, eles desligavam as câmeras e o rastreamento para que os caminhões pudessem ser conduzidos até as garagens sem serem localizados e depois retornavam para a distribuidora onde os sistemas eram reativados e seguiam normalmente para a entregados clientes.
O combustível roubado era revendido para receptadores com valores que variam entre R$ 2 e R$ 3 o preço do litro. Com o golpe, a quadrilha chegava a lucrar cerca de R$ 4 milhões por mês. Os criminosos vão responder pelos crimes de furto qualificado, receptação e adulteração de combustível, crimes contra ordem econômica, ordem tributária, relações de consumo, crimes contra o meio ambiente e lavagem de dinheiro.
*Sob supervisão de PH Rosa