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Presidente do Detran e antecessor se apresentam à Polícia Federal

Leonardo Jacob e Vinícius Farah são investigados na Operação Furna da Onça por distribuição de cargos públicos e vagas em empresas terceirizadas

Rio de Janeiro|Mariana Pepe, do R7*

Ação é um desdobramento da Operação Cadeia Velha
Ação é um desdobramento da Operação Cadeia Velha Ação é um desdobramento da Operação Cadeia Velha

O presidente do Detran-RJ, Leonardo Silva Jacob, e o deputado federal eleito pelo MDB e ex-presidente do mesmo órgão, Vinícius Farah, se apresentaram à Polícia Federal, nesta quinta-feira (7). Os dois são investigados na Operação Furna da Onça pela distribuição de cargos públicos e vagas de trabalho em empresas fornecedoras de mão de obra terceirizada, principalmente para o Detran-RJ.

Jacob chegou à Superintendência da PF na Praça Mauá, no centro do Rio de Janeiro, na tarde desta quinta-feira, enquanto Farah se apresentou à agentes da Polícia Federal em Brasília. 

A ação conjunta do MPF (Ministério Público Federal), da Polícia Federal e da Receita Federal é um desdobramento da Operação Cadeia Velha, que prendeu há um ano o então presidente da Alerj, Jorge Picciani, e os deputados Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do MDB. O objetivo foi o cumprimento de 19 mandados de prisão temporária, três de prisão preventiva e 47 mandados de busca e apreensão.

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De acordo com o MPF, a operação foi batizada como Furna da Onça por se tratar do nome de uma sala na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) usada por deputados para rápidas reuniões durante as sessões. Na Assembleia, há uma versão de que o nome "Furna (toca) da Onça" remete ao uso da sala para as discussões parlamentares mais influentes, nos instantes finais antes das votações em plenário.

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Além dos três, que já estão detidos, a PF prendeu mais sete deputados estaduais: André Corrêa (DEM), Chiquinho da Mangueira (PSC), Coronel Jairo (MDB), Luiz Martins (PDT), Marcelo Simão (PP), Marcos Abahão (Avante) e Marcos Vinícius "Neskau" (PTB).

Já o secretário de Governo, Affonso Monnerat, foi detido durante a operação por ter aparecido em conversas telefônicas e em planilhas encontradas na operação Cadeia Velha como intermediador de vantagens ilícitas.

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Os 22 mandados de prisão na operação foram cumpridos após a apresentação de Leonardo Silva Jacob e Vinícius Farah à Polícia Federal.

Defesas

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O governo do Rio de Janeiro, procurado pelo R7 para falar sobre o envolvimento de Monnerat na operação, afirma que "desconhece os fatos e não teve acesso aos autos do processo".

O Detran-RJ diz que está "à disposição das autoridades para qualquer esclarecimento". O R7 não conseguiu contato com a defesa de Leonardo Silva Jacob.

Em nota, a defesa de Vinícius Farah disse que ele "confia na Justiça e afirma que a situação será devidamente elucidada. Ele já se apresentou às autoridades em Brasília para os devidos esclarecimentos. Ele estava na cidade para agenda de trabalho".

A assessoria de imprensa do deputado Chiquinho da Mangueira afirma que as acusações são infundadas e que os trabalhos no barracão da escola de samba continuam normalmente. A escola de samba Mangueira repassou o mesmo comunicado à reportagem.

O deputado André Corrêa publicou em seu perfil em uma rede social a seguinte mensagem: "Deus no controle sempre. Nunca envergonhei vocês. Confio na justiça do meu Estado e do meu País. Quem não deve não teme. Lamento que no momento que 44 deputados assinam um compromisso com minha candidatura à Alerj isto aconteça. Repito que estou tranquilo. Quem me conhece sabe meu modo de agir. Continuarei de cabeça erguida. Não tenho sequer advogado. Confio em Deus".

Em nota, a defesa do deputado Edson Albertassi disse que o parlamentar nunca participou de qualquer ato criminoso durante seus mandatos e reafirma sua inocência. “O Ministério Público Federal transformou a persecução penal em uma ação sem critério lógico. como se fosse uma loteria. Ressaltamos que o deputado Edson Albertassi nunca participou de qualquer ato criminoso durante seus mandatos e reafirma sua inocência”.

A assessoria de comunicação do deputado Marcus Vinícius "Neskau" afirma que o parlamentar "recebeu a ordem de prisão temporária com muita indignação e estranheza, justo em um período de articulações políticas sobre a votação para a próxima composição da Presidência da Alerj – onde o deputado já havia se manifestado pelo voto a favor do deputado André Corrêa. No entanto, o parlamentar segue seu compromisso com a população de dar transparência a seu mandato, afirmando sua inocência e colaborando com todas as investigações, prestando todos os esclarecimentos à Polícia Federal, Ministério Público e Justiça".

O gabinete do deputado Coronel Jairo não se posicionou sobre as ações da operação Furna da Onça. O R7 falou com a equipe de Martins e aguarda posicionamento oficial.

Os advogados de Jorge Picciani informaram que estão tomando ciência dos fatos, enquanto a defesa de Paulo Melo disse que ainda não vai se pronunciar.

A reportagem não conseguiu contato com a assessoria de imprensa ou defesa de Simão e Abrahão.

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Assista ao vídeo:

*Estagiária do R7, sob supervisão de Paulo Lima

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