Rio de Janeiro Professor e mãe são dois dos mortos pela chuva em Petrópolis

Professor e mãe são dois dos mortos pela chuva em Petrópolis

Nelson Ricardo era professor universitário e morreu junto com a mãe no temporal que atingiu cidade no domingo (20)

Nelson morreu após casa onde morava com a mãe ser soterrada

Nelson morreu após casa onde morava com a mãe ser soterrada

Reprodução

A Polícia Civil do Rio identificou quatro dos cinco corpos encontrados após as chuvas de domingo (20), que provocaram novos deslizamentos em Petrópolis, na região serrana do Estado. Entre eles está o do professor universitário Nelson Ricardo Ferreira da Costa, de 59 anos. Junto com ele também foi encontrado o corpo de sua mãe, Heloisa Helena Caldeira da Costa.

Nelson e a mãe estavam na casa onde moravam, na rua Washington Luiz, no centro da cidade, que desabou durante o temporal. 

Após a identificação dos corpos, o CAU/RJ (Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro) publicou uma nota de pesar em homenagem ao professor. Segundo a publicação, Nelson era doutor em Artes Visuais pela UFRJ e dava aula em uma faculdade privada na cidade.

Outras vítimas

Além de Nelson e Heloisa, outras pessoas identificadas foram Carmelo de Souza e Jussara Berlarmino Souza.

De acordo com a Polícia Civil, o quinto corpo encontrado ainda não foi identificado porque aguarda resultado de exame papiloscópico, já que está em avançado estágio de decomposição. A corporação suspeita que a morte deste pode ter sido provocada nas chuvas de fevereiro.

Outras duas pessoas estão desaparecidas. São elas: Miriam Gonçalves do Valle e Mario Augusto Queiroz Carvalho.

Reunião

Na tarde de ontem, o governador Cláudio Castro e o prefeito Rubens Bomtempo se reuniram em Petrópolis. No encontro, firmou-se o início das obras do Túnel Extravasor, que teve muitas ocorrências nas chuvas.

"É preciso recuperar esse túnel que é tão importante para minimizar as enchentes no centro da cidade, no trecho do início da rua do Imperador, e garantir a segurança de quem mora no entorno", disse o prefeito Rubens Bomtempo.

"Tivemos o maior acumulado de chuva da história de Petrópolis neste domingo. Foram mais de 525 milímetros em 24 horas. Tivemos novos pontos de deslizamentos que precisam ser vistoriados junto com o Estado para a execução de obras", completou.

Segundo o governo do Estado, essa obra emergencial terá um custo de cerca de R$ 40 milhões.

Só em 2022, a cidade de Petrópolis já passou por três grandes chuvas: no dia 7 de janeiro, foi decretada situação de emergência. Depois, no dia 15 de fevereiro, aconteceu o maior desastre da história. E, agora, neste 20 de março, Petrópolis foi vítima do maior volume de chuva em um dia já registrado.

De acordo com o balanço da administração municipal, aproximadamente 620 pessoas estão em pontos de apoio da prefeitura.

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