Os professores da rede municipal de São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, entraram de greve nesta sexta-feira (3) após assembleia votar de forma unânime pela paralisação na última segunda-feira (30). Não há previsão para o retorno das atividades escolares.
Segundo uma das docentes manifestantes, o movimento de aumento, iniciado em fevereiro, recebeu uma proposta feita pela prefeitura de São Gonçalo em março. Entretanto, este acordo só contemplava os professores, excluindo outros funcionários como auxiliares de creche, inspetores e merendeiros. Este aumento seria escalonado, com reajuste de 2,25% em março e 9,25% em junho, de acordo com a professora.
Michelle Alvarenga, membro do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Esducação) revelou que em São Gonçalo os professores estariam recebendo R$ 933 por mês. Inspetores e merendeiros, que trabalham 30 horas semanais, ganhariam R$ 788 e auxiliares de creche, trabalhando 40 horas semanais, receberiam R$ 1.350.
Um novo acordo foi enviado pela prefeitura de São Gonçalo na última quinta-feira (2), mas apenas contemplaria os professores nos três primeiros níveis de cargos e salários.
Uma nova assembleia do Sepe será feita na próxima segunda-feira (6) em uma escola da cidade, seguida de uma passeata até a sede da prefeitura de São Gonçalo.
Em nota, a Secretária Municipal de Educação de São Gonçalo ressaltou que os alunos não perderão nenhum conteúdo do ano letivo. Destacou também que procura dialogar com os professores para poder acabar com a greve.
*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa