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PF faz operação contra tráfico de animais silvestres após apreensão na casa de Nicole Bahls

Três pessoas foram presas pela PF, incluindo um bombeiro apontado com chefe do esquema que movimentou quase R$ 15 mi

Rio de Janeiro|Do R7, com Record Rio

Animais eram vendidos por até R$ 120 mil
Animais eram vendidos por até R$ 120 mil Polícia Federal/ Divulgação

A Polícia Federal fez uma operação contra o tráfico de animais silvestres, nesta terça-feira (12), no Rio de Janeiro, após uma investigação que durou um ano e começou com uma apreensão de macacos-prego na casa da influenciadora Nicole Bahls.

Até o momento, três pessoas foram presas na ação chamada de Defaunação. Entre elas está um bombeiro militar, apontado como chefe do esquema que movimentou quase R$ 15 milhões. 

De acordo com as investigações, ex-servidores do Inea (Instituto Estadual do Ambiente) e do Comando de Policiamento Ambiental também estão envolvidos, além de uma universitária e dois médicos veterinários.

O grupo é acusado de falsificar documentos de animais traficados e fazer o cadastramento deles nos sistemas do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), para driblar o controle e a fiscalização dos órgãos ambientais.


Animais sofriam maus-tratos

As investigações identificaram que cerca de 120 macacos-prego foram traficados pela quadrilha em apenas um ano.

Outras centenas de animais silvestres, como araras, pássaros, cervos, iguanas e papagaios, também foram comercializados.


Ainda de acordo com a PF, os animais sofriam maus-tratos por parte dos integrantes da quadrilha.

Eles eram vendidos por valores entre R$ 20 e R$ 120 mil — a depender da espécie e se viriam acompanhados ou não do “kit” de documentos falsos.


Compradores também podem responder por crimes

Araras também eram comercializadas
Araras também eram comercializadas Polícia Federal/ Divulgação

Os investigados devem responder por organização criminosa, receptação qualificada, crime ambiental, peculato, falsificação de documentos e selos públicos, falsificação de documento particular, uso de documento falso e falsidade ideológica. Se somadas, as penas podem alcançar de 46 a 58 anos de reclusão.

Já os compradores poderão responder pelo crime de receptação — segundo a PF, eles estavam cientes da ilegalidade dos animais ao adquiri-los. Exceto aqueles que entregarem os animais espontaneamente e colaborarem com a PF. 

As investigações continuam para apreender os animais ilegais e identificar outros receptadores e membros da quadrilha.

Nome da operação

A Polícia Federal explicou que o nome Defaunação se refere à diminuição acelerada e drástica de espécies animais em um ambiente natural, especialmente de espécies ameaçadas de extinção.

O processo também pode causar um efeito cascata, que leva ao empobrecimento dos ecossistemas e perda de suas funções ecológicas.

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