RJ desiste de dois hospitais de campanha, segundo novo secretário
Alex da Silva Bousquet afirmou que unidades de Campos e Casemiro de Abreu não vão ser finalizadas; outras três serão concluídas, mas sem prazo
Rio de Janeiro|Raíza Chaves, do R7* com Agência Brasil
O secretário Estadual de Saúde, Alex da Silva Bousquet anunciou nesta quarta-feira (1º), que dois hospitais de campanha para tratamento de pacientes com covid-19, com previsão de inauguração para abril, não vão ser finalizados.
Em entrevista coletiva, Bousquet confirmou que o Estado desistiu da abertura das unidades de Campos e Casemiro de Abreu.
“Nesses locais, já existem uma intenção de pactuação com os hospitais particulares que atendem as regiões. Hoje, temos leitos disponíveis nos hospitais particulares”, disse secretário.
Segundo ele, o principal motivo da decisão de não entregar esses dois hospitais é a queda das internações de covid-19 observada há várias semanas.
“Fazíamos prospecções de um verdadeiro cenário de guerra no país e no nosso Estado. As estatísticas atuais, com a evolução da epidemia, se mostram menos desfavoráveis do que as iniciais”, afirmou.
As unidades de Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Nova Friburgo, que também estão atrasadas há três meses, vão ter as obras terminadas, com 20 leitos cada.
“Esses hospitais servirão de retaguarda para uma possível segunda onda da epidemia”, afirmou o secretário.
As unidades de campanha do Maracanã e de São Gonçalo, já em atividade, serão mantidos.
Contratos
O secretário de Saúde afirmou que o contrato com a OS (Organização Social) Iabas está judicializado e sob análise da corregedoria e de outros órgãos. Além disso, foi feita a notificação da empresa e o governo aguarda a resposta.
"Não haverá nenhum prejuízo. Os R$ 256 milhões pagos vão da montagem a desmontagem dos hospitais. Hoje, o dinheiro repassado é controlado pela fundação e autorizada a utilização [do dinheiro ] dentro do aprovado em planejamento", disse.
Pagamentos de funcionários atrasados
Em relação aos salários atrasados de servidores da Saúde, Bousquet afirmou que vai se reunir com o presidente do sindicato de trabalhadores da área no TRT-RJ (Tribunal Regional do Trabalho) para buscar uma solução.
"Essas vidas também importam. Temos uma proposta para trabalhar em paralelo com tudo que foi dito. Independentemente de em qual grupo a OS se encaixar, que a gente possa passar o mesmo valor referente à folha salarial", finalizou.
*Sob supervisão de Bruna Oliveira