RJ: Governo inaugura ambulatório para tratar sequelas da covid-19
Espaço no Hospital Universitário Pedro Ernesto, na zona norte, tem capacidade para atender 300 pacientes por semana
Rio de Janeiro|Rafael Nascimento, do R7 *
O Governo do Estado do Rio de Janeiro inaugurou nesta segunda-feira (31), um ambulatório multidisciplinar para o tratamento das sequelas da covid-19 no Hupe (Hospital Universitário Pedro Ernesto), vinculado à Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), em Vila Isabel, zona norte do Rio. A expectativa é atender, por semana, 300 pacientes encaminhados pelos sistemas de regulação estadual e municipal.
O governador do Estado, Cláudio Castro (PL), informou que a unidade vai receber pacientes na próxima semana.
“Essa unidade vai receber, já na próxima semana, pessoas que sofrem com sintomas da covid-19. Estamos diante de mais um desafio de saúde pública, que é o tratamento dessas pessoas impactadas com sequelas. Por isso, com uma atitude de vanguarda, inauguro esse espaço com o objetivo de atender melhor a população. Estamos aprendendo com a pandemia e adequando os serviços”, afirmou.
Equipe médica
A equipe clínica responsável pelos atendimentos inclui médicos especialistas, como cardiologistas, neurologistas, nefrologistas e clínicos, além de enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogos. No local, todos os pacientes passarão por uma triagem da enfermagem, consulta com clínico geral, avaliação de fisioterapia (motora e respiratória) e conversa com assistente social. Após o primeiro atendimento, os pacientes serão encaminhados, se necessário, para as consultas com especialistas.
Para secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Dr. Serginho, a unidade poderá servir de referência para outros locais.
“O objetivo dessa inauguração é atender a população e também que o Estado do Rio possa se tornar referência no tratamento pós-covid. Estamos sendo pioneiros e queremos continuar avançando no enfrentamento ao coronavírus”, disse.
Síndrome pós-covid
Segundo o diretor do Hupe, Ronaldo Damião, são considerados com a síndrome pós-covid os pacientes que, mesmo após três meses da fase aguda da doença, continuam com sintomas respiratórios ou problemas de ansiedade e depressão.
“A ideia é que este ambulatório multidisciplinar seja integrado de forma permanente à rotina de atendimento do hospital. Todos os profissionais envolvidos já têm experiência no enfrentamento da doença. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que 10% dos pacientes que contraem o vírus desenvolvem a síndrome. Em todo o Brasil, seriam mais de 1,6 milhão de pessoas. No Rio, 85 mil pessoas devem ter sequelas da doença”, explicou.
Experiência no atendimento pós-covid
O Hospital Pedro Ernesto desenvolve, desde 2020, um trabalho de acompanhamento dos pacientes no pós-covid em uma ala de enfermaria. Os pacientes recebem cuidados de uma equipe multidisciplinar, com médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e assistentes sociais, além de suporte psicológico.
*Estagiário do R7 sob supervisão de PH Rosa