Pezão foi condenado a 98 anos de prisão por corrupção
Arquivo / Agência BrasilA Justiça Federal do Rio de Janeiro autorizou, nesta terça-feira (19), a retirada da tornozeleira eletrônica do ex-governador do Estado, Luiz Fernando Pezão. A decisão é do juiz Marcelo Bretas.
A determinação suspende o monitoramento eletrônico de Pezão, mas mantém outras medidas cautelares.
O ex-governador ainda precisa comparecer em juízo para todos os atos designados pelas autoridades, segue proibido de ocupar cargos públicos no Rio enquanto durarem as investigações e deve comunicar viagens e alterações no endereço residencial.
Condenações de Pezão
No último dia 14, o ex-governador foi condenado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pelo crime de abuso de poder. Na decisão, ficou confirmada a inelegibilidade de Pezão até 2022, já que a lei determina que o candidato condenado ficará inelegível por oito anos a contar do pleito em que praticou a irregularidade eleitoral.
Em junho deste ano, uma sentença de Bretas condenou Pezão a 98 anos de prisão por crimes de corrupção atribuídos pelas operações Calicute, Eficiência e Boca de Lobos, desdobramentos da Lava Jato no Rio. O ex-governador responde em liberdade por ser sua primeira condenação.
De acordo com o juiz, Pezão teria dado prosseguimento à organização criminosa chefiada pelo também ex-governador do Rio Sérgio Cabral, cometendo crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos.
Pezão foi preso preventivamente em 2018, mas acabou solto por decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) pouco mais de um ano depois.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira