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"Só tinha trabalhador no carro", diz familiar de jovem morto por PMs enquanto voltava de baile funk

Policial militar afirma que ocupante de veículo estaria armado; testemunhas contestam versão e negam ordem de parada

Rio de Janeiro|Do R7, com Mayara Decothé, da Record TV Rio

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Policiais militares dispararam cerca de sete vezes contra o veículo
Policiais militares dispararam cerca de sete vezes contra o veículo

Familiares e amigos protestaram, na manhã desta segunda-feira (7), contra a morte de um jovem que voltava de um baile funk com mais dois amigos. Eles foram atingidos por agentes da Polícia Militar a caminho de casa, no morro da Coroa, no centro do Rio. Os policiais militares dispararam cerca de sete vezes contra o veículo, de acordo com as investigações da DHC (Delegacia de Homicídios da Capital).

Segundo os agentes da PM, Guilherme Lucas Martins Mathias, de 26 anos, e mais dois amigos estavam em um carro em alta velocidade na contramão e não obedeceram a ordem de parada dos policiais. Em seguida, um dos agentes teria se jogado no chão para não ser atropelado e disse ter visto um dos ocupantes do veículo segurando uma arma. Ele então disparou sete vezes contra o carro.


Em contrapartida, um dos jovens que estava no veículo contestou a versão dos agentes. Ele disse que em momento nenhum os agentes deram ordem de parada e que só perceberam a presença dos policiais após serem atingidos pelos disparos.

Na delegacia, a Record TV Rio conversou com o pai de um dos sobreviventes, que disse durante a entrevista que Guilherme trabalhava em um posto de gasolina. 


“Só tinha trabalhador no carro, você pode ver que eles vieram na delegacia por livre e espontânea vontade. Isso é bandido? Tinha arma? E por que não prenderam ninguém no hospital ou foi ver se não tinha arma?”, questionou o pai de um dos jovens.

Em nota, a PM informou que abriu um procedimento para apurar o caso e que as câmeras dos uniformes dos policiais foram recolhidas para que as imagens sejam analisadas.


Os três ocupantes que estavam no veículo foram atingidos. Guilherme foi socorrido e encaminhado ao Hospital Souza Aguiar, no centro, mas não resistiu aos ferimentos. Os outros dois não correm risco de morte.

O caso é investigado pela DH (Delegacia de Homicídios).

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