1,5 milhão de pessoas não tomaram segunda dose da vacina no Rio de Janeiro
Fernando Frazão/Agência BrasilUm levantamento da SES (Secretaria de Estado de Saúde) mostrou que ao menos 2 milhões de pessoas não tomaram nenhuma dose da vacina contra a Covid-19. A pesquisa mostrou ainda que mais de 1,5 milhão de pessoas acima de 5 anos não voltaram para receber a segunda dose, deixando de completar o esquema vacinal primário.
O balanço foi feito com base em dados registrados no sistema de informações do PNI (Programa Nacional de Imunizações) até o dia 21 de junho. Os números mostram que, dos cerca de 12 milhões de pessoas com mais de 18 anos com esquema vacinal completo, 6 milhões ainda não receberam nenhuma dose de reforço.
“A principal forma de evitarmos internações e óbitos pela Covid-19 é a vacinação. Estudos mostram que, desde o início da campanha, houve uma redução significativa das formas graves da Covid. Por isso, fazemos um apelo para que a população procure os postos de saúde para receber o imunizante quanto antes”, afirmou o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe.
Internados
O levantamento também revelou que, entre os 56 internados com Covid-19 na rede estadual entre os dias 9 e 10 de junho, apenas 41% estavam com o esquema vacinal completo.
A maior parte dos internados eram idosos com média de idade de 69 anos. Do total de internados, 16% apresentavam alguma comorbidade.
Reforço
A aplicação da segunda dose de reforço foi iniciada em 24 de março deste ano, de acordo com a recomendação do Ministério da Saúde, na população com 80 anos ou mais. Agora, a dose está liberada para todas as pessoas com 40 anos ou mais, trabalhadores da saúde e imunossuprimidos que receberam as vacinas AstraZeneca, CoronaVac ou Pfizer no esquema primário. O intervalo mínimo entre um reforço e o outro é de quatro meses. As vacinas a serem utilizadas deverão ser Pfizer, Janssen ou AstraZeneca.
Para as pessoas que receberam a vacina Janssen no esquema primário (dose única), o MS também recomenda a aplicação de uma segunda dose de reforço independentemente do imunizante utilizado no primeiro reforço. O intervalo mínimo para a aplicação do segundo reforço deve ser de 4 meses do primeiro.