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RJ: vítima de imóvel que ruiu falou com vizinhos ainda sob escombros

O rapaz, que não resistiu aos ferimentos, só conseguia mexer uma perna; três sobreviventes estão internados em hospitais do Rio 

Rio de Janeiro|Da Record TV

Uma pessoa morreu e três ficaram feridas depois de desabamento no Rio de Janeiro
Uma pessoa morreu e três ficaram feridas depois de desabamento no Rio de Janeiro

Um vizinho da casa que desabou na noite desta quarta-feira (17), na comunidade do Salgueiro, zona norte do Rio de Janeiro, relatou à reportagem da Record TV que tinha conseguido contato com uma das vítimas embaixo dos escombros pouco antes da chegada do Corpo de Bombeiros.

De acordo com o relato do cabeleireiro Alan Ricardo, que estava em casa na hora do acidente, o diálogo foi rápido e o rapaz, que não resistiu aos ferimentos, só conseguia mexer uma das pernas.

"Quando aconteceu, eu estava na varanda da minha casa e consegui ver a casa desabando, Subi correndo para ver o que aconteceu. Quando cheguei aqui, meu amigo estava desesperado, sem saber o que fazer. A gente começou a gritar para saber se tinha alguém embaixo daquilo. Foi a hora em que o menino que faleceu disse que estava. Foi quando outras pessoas chegaram para ajudar”, explica.

De acordo com o vizinho, rapidamente chegou a informação de que havia quatro pessoas no local, sendo uma criança e três adultos.


“Só consegui falar com ele [a vítima] nos primeiros momentos. Ele só se identificou que estava ali, ele só conseguia mexer a perna. Conforme a notícia se espalhou, as pessoas chegaram para ajudar, mas não tínhamos equipamento. Era muito pesado. Tiramos com o que tinha, aí chegou a ajuda dos bombeiros, chegaram bem rápido", afirma.

A dona de casa Eunice Silva foi outra moradora que viu o imóvel dos vizinhos desabar. “Eu subi na laje para recolher umas roupas. De repente, ouvi um barulho, começou a levantar poeira e começaram a gritar: 'A casa caiu'. Fiquei em desespero, comecei a passar mal. Fiquei muito desesperada porque vi a casa caindo. Eu não tinha contato com esse pessoal que estava na casa, só conhecia o proprietário”, diz.


“Quando eles vieram, a casa já estava pronta, são parentes, mas eu conheço só ele. Uma fatalidade, jovens. Infelizmente, morreu o rapaz, mas eu fiquei apavorada mesmo com o acontecido", completa.

A secretária municipal de Assistência Social, Laura Carneiro, informou que, "por determinação do prefeito Eduardo Paes”, toda a equipe da prefeitura foi ao local da tragédia.


“As famílias já foram acolhidas e atendidas, estão na casa de parentes. Infelizmente, nós tivemos um óbito. Duas moças e uma criança estão sendo atendidas pela rede pública, tudo sob controle, graças a Deus. O prefeito Eduardo Paes já se comprometeu com o aluguel social para essas famílias, e a Secretaria de Assistência Social está dando todo o acolhimento necessário. O Carlos e a esposa vieram há quatro meses do interior do Rio Grande do Norte, mas infelizmente aconteceu essa tragédia. Na verdade, as pessoas moram em casas como a que desabou não porque querem. É a opção que elas têm", diz.

Vítimas

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, uma criança de 4 anos e Alessandra Silva, de 19, foram encaminhadas ao Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, zona norte. De acordo com a direção médica da unidade, elas estão estáveis e permanecem internadas em observação.

A terceira vítima, identificada como Alexcsandra Silva, de 25 anos, foi levada para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro do Rio, e vai passar por uma cirurgia.

Desabamento e resgate

O desabamento ocorreu por volta das 20h de quarta-feira. A casa de três andares ficava na rua Francisco Graça, na comunidade do Salgueiro, na Tijuca, zona norte do Rio. Equipes do Corpo de Bombeiros dos quartéis da Tijuca e Vila Isabel foram acionadas.

Oito pessoas da mesma família moravam na casa, mas, no momento do desabamento, quatro estavam na residência, sendo três adultos e uma criança. Um homem não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Duas mulheres e a criança ficaram feridas. Até o momento, as causas do desmoronamento são desconhecidas.

O trabalho de resgate contou com cães farejadores. Policiais militares do Batalhão da Tijuca também foram acionados, já que a região é dominada pelo tráfico de drogas.

Técnicos da Defesa Civil vistoriaram o local e concluíram que os imóveis vizinhos não sofreram abalos. Por isso os moradores não precisariam ser desalojados.

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