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Salgueiro: laudo não aponta indícios de facadas em corpos

Resultados dos laudos de necropsia revelam que mortes foram provocadas por disparos de arma de fogo

Rio de Janeiro|Rafaela Oliveira*, do R7, com Fernanda Macedo, da Record TV Rio

Três mortos no Salgueiro são enterrados nesta quarta (24)
Três mortos no Salgueiro são enterrados nesta quarta (24)

A perícia realizada nos corpos encontrados no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, não identificou indícios de golpes desferidos por faca ou outro tipo de arma com ação cortante ou perfurocortante. A Secretaria de Estado de Polícia Civil informou à Record TV Rio que os resultados dos laudos de necropsia revelam que as mortes foram provocadas por disparos de arma de fogo. Agora, projéteis arrecadados em três corpos passarão por confronto balístico.

As armas dos policiais militares que participaram da ação e a lista de nomes dos agentes devem ser entregues ainda nesta quarta (24) à Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Maricá e Itaboraí, que investiga o caso.

Nesta quarta-feira, três dos homens mortos na comunidade serão enterrados. São eles: Rafael Menezes Alves, 28 anos, David Wilson Oliveira, de 23 anos, e Élio da Silva Araújo, 52 anos.

De acordo com a Polícia Civil, David não tinha antecedentes criminais. Já Élio respondeu a um processo por esbulho possessório.


Todos foram encontrados por moradores em uma zona de mangue após operação da Polícia Militar no domingo (21). O adolescente de 17 anos, identificado como Kauã Brenner, foi enterrado ontem.

Dos nove suspeitos encontrados, quatro não tinham anotações criminais. A PM, no entanto, afirma que dois desses quatro estavam com roupas camufladas no momento em que foram achados.


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Investigação

O Ministério Público do Rio de Janeiro abriu uma investigação para apurar eventuais violações de direitos durante a ação policial, que ocorreu após a morte do sargento Leandro da Silva, no último sábado (20).

Em nota, a Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que a incursão respeitou a ADPF 635 do Supremo Tribunal Federal, que restringe a realização de operações policiais nas comunidades do Estado do Rio de Janeiro durante o período da pandemia. A instituição afirmou que, além de ter comunicado previamente a ação no Salgueiro, costuma enviar relatórios ao MP-RJ sobre os resultados das ações em tempo real por meio de um aplicativo desenvolvido com essa finalidade.

*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa

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