Secretário de Segurança do RJ detalha funcionamento de escritório contra crime organizado

O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Victor Santos, explicou o funcionamento do escritório emergencial contra o crime organizado, criado após a operação promovida nos complexos da Penha e do Alemão na última terça-feira (28): “A ideia do governador Cláudio Castro de criar esse escritório foi de agilidade. Então a gente não pode pensar em uma estrutura burocrática pesada, com sede, estatuto.”

Santos afirmou que, com a criação do escritório, a parceria entre o governo do Rio de Janeiro e o governo federal já foi acionada para auxiliar na sequência das tratativas da operação. “Já começamos a trabalhar, já pedimos, por exemplo, apoio de perícias nesse caso da operação. Porque nós temos vários criminosos que são de outros estados, precisam confirmar suas identificações.”

O secretário detalhou algumas das utilidades da parceria entre os governos, algumas já solicitadas. “Dos 100 mandados, 30 eram do estado do Pará. Dos 30, cinco foram presos, se entregaram, e 15 resolveram confrontar e foram neutralizados. Mesmo os cinco que se entregaram, muitos deles usam documento falso. A Polícia Federal, através do Instituto Nacional de Identificação, facilita a identificação”, apontou.

Além da identificação dos detidos e mortos, o governo federal tem ferramentas para auxiliar na identificação de artefatos utilizados por criminosos. “Armas foram apreendidas, precisamos de peritos para poder rastrear essas armas, de onde elas vieram, qual caminho que elas seguiram. Alguns projéteis foram recolhidos, auxiliar nessa questão do confronto balístico, porque o governo federal tem o banco nacional de balística [Sistema Nacional de Análise Balística], que facilitaria saber de que arma pode ter partido aquele prójetil”, concluiu.

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