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Seguranças da Uerj são chamados para prestar depoimento na Polícia Civil 

Polícia busca imagens de câmeras de seguranças e testemunhas 

Rio de Janeiro|Do R7

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A Polícia Civil informou nesta sexta-feira (29), que os seguranças da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) estão sendo chamados para prestar depoimento após o quebra-quebra na universidade na noite de quinta-feira (28). Segundo a Polícia Civil, agentes realizam diligências em busca de imagens de câmeras de segurança e testemunhas.

A segurança foi reforçada nos arredores da Uerj na manhã desta sexta. Por meio de nota, o reitor Ricardo Vieiralves, responsabilizou o que chamou de "falanges políticas" pela confusão. Através da nota intitulada "Não há diálogo com a barbárie", o professor também acusou esses grupos de terem recrutado pessoas externas à instituição, como moradores de rua e moradores da favela do Metrô, que é próxima, para fazer "crescer" um ato político e provocar ações violentas.

Já estudantes afirmam que a ação dos seguranças da universidade, com mangueiras anti-incêndio, e da Polícia Militar, com bombas de gás lacrimogêneo no estacionamento do campus, foi desproporcional. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra quando os funcionários da instituição dispararam jatos d'água contra alunos. Nas imagens, também é possível ver que uma bomba, aparentemente de fabricação caseira, é lançada, e pessoas aparecem jogando objetos contra a portaria.

Entenda o caso


Na noite de quinta-feira (28), os alunos da Uerj estavam reunidos em assembleia quando souberam da demolição de prédios na favela do Metrô, na avenida Radial Oeste, que fica ao lado da universidade, no Maracanã, zona norte. O protesto, que reuniu moradores e estudantes e chegou a interditar a via, foi disperso com bombas de efeito moral lançadas pela PM.

Segundo relatos nas redes sociais, a Guarda Municipal tentou impedir a continuação do protesto, que interditou a avenida Radial Oeste até as 20h20.


Ao retornar para a universidade, alunos foram recebidos com jatos de água pela segurança do local para evitar que entrassem no prédio. Os alunos revidaram lançando pedras e vidros foram quebrados durante o confronto. A fachada da universidade foi depredada.

Após o confronto, a entrada da universidade ficou completamente destruída. Houve depredação, também, de móveis da universidade como forma de protesto à repressão. Alguns alunos e professores que não participaram do protesto relataram que estavam com receio de deixar o prédio por causa da possibilidade de um novo confronto.

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