O ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) foi denunciado pela 20ª vez pelo MPF (Ministério Público Federal). Em dezembro, ele já havia recebido outras duas denúncias no âmbito da operação C’est Fini, que incluem os integrantes da “Farra dos Guardanapos”.
Além de Cabral, também são denunciados Alex Sardinha da Veiga, que é ex-coordenador de licitações da Oriente Construção Civil, Geraldo André de Miranda Santos, atual administrador da empresa, o ex-secretário Hudson Braga, e seu ex-assessor Wagner Jordão Garcia.
De acordo com a denúncia, os procuradores descobriram a atuação de um grupo criminoso e lavagem de dinheiro em execuções de obras públicas financiadas ou custeadas com recursos federais.
O grupo estava estruturado em quatro núcleos: o político, formado por Sérgio Cabral; o econômico, com os executivos das empreiteiras contratadas para as obras, entre elas Andrade e Gutierrez, Carioca Engenharia e a Oriente Construção Civil; o administrativo, composto por gestores públicos do governo Cabral, responsáveis por solicitar e administrar o recebimento de vantagens indevidas; e o núcleo financeiro operacional, formado pelos que recebiam e repassavam o dinheiro e que também se responsabilizavam pela ocultação da origem do dinheiro.
As investigações apontam que Braga instituiu pagamento de vantagem indevida, chamada de “taxa de oxigênio”, cobrando 1% dos valores recebidos pelas empreiteiras, incluindo a Oriente, representada por Alex Sardinha e Garaldo Miranda dos Santos.