Suposto chefe de milícia do Rio é preso em academia da zona norte
“Marquinho Catiri” corria na esteira quando foi encontrado pelos policiais; três PMs e um militar do Exército também foram presos na ação
Rio de Janeiro|Rayssa Motta, do R7*
A Polícia Civil prendeu, no fim da tarde desta segunda-feira (1º), o suposto chefe de um grupo de milicianos que atua nas zonas norte e oeste do Rio de Janeiro. “Marquinho Catiri” corria na esteira da academia de um shopping em Del Castilho, na zona norte da cidade, quando foi preso por agentes da Draco (Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais).
O suspeito estava acompanhado de um militar do Exército e dois PMs — um deles era lotado na UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) São Carlos e o outro estava na reserva da corporação. De acordo com a Polícia Civil, o trio fazia a segurança do miliciano.
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No carro do suspeito, os agentes encontraram a arma de um policial militar do Bope (Batalhão de Operações Especiais), que também foi preso preventivamente. Outras três pistolas, todas elas com carregadores, além de joias e R$ 28.978,00 em dinheiro também foram apreendidos.
Também conhecido como "Marquinho do Ouro", Catiri é apontado como o chefe de um grupo paramilitar que começou a atuação nos bairros de Bangu e Padre Miguel, na zona oeste carioca. Posteriormente, a milícia se expandiu para a zona norte da cidade, dominando pontos no Engenho de Dentro e em Del Castilho.
Segundo a polícia, a quadrilha lucrava explorando vans, impondo segurança clandestina a moradores, pequenos comerciantes e empresas, oferecendo instalações clandestinas de TV a cabo e comercializando terrenos irregulares. O grupo também é apontado como responsável por homicídios.
Em nota, o CML (Comando Militar do Leste) informou que o preso "se trata de militar inativo" e que "Exército Brasileiro não compactua com qualquer tipo de irregularidade ou conduta ilícita".
*Estagiária de R7, sob supervisão de Diego Junqueira