Suspeito de matar colaborador de vereador é preso no Rio

A DH Capital (Delegacia de Homicídios da Capital) prendeu, nesta quarta-feira (30), um suspeito de matar Carlos Alexandre Pereira Maria, colaborador do vereador Marcello Siciliano (PHS), em abril passado. Segundo a Polícia Civil, o homem conhecido como Thiago Macaco foi detido dentro de uma loja de um shopping na zona norte do Rio de Janeiro.

Carlos foi morto em um bar na região da Boiúna, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio. Testemunhas teriam dito a PMs, no dia do crime, que os assassinados chegaram ao local gritando “chega pra lá que a gente tem que calar a boca dele”. Um outro suspeito do crime foi preso no último dia 19. Um terceiro envolvido no crime segue foragido, segundo a DH.

A vítima atuava como líder comunitário e colaborador do gabinete do vereador Marcello Siciliano. Segundo o gabinete, sua função era coletar demandas dos moradores e repassar para a equipe do parlamentar para que eles pudessem acionar os órgãos responsáveis pelos problemas apontados.

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De acordo com a assessoria do vereador, ele não era nomeado e atuava apenas como colaborador. Eles afirmaram ainda que, ao entrar para a equipe, todo colaborador assina um termo de responsabilidade e recebe um colete numerado com o nome do vereador para poder atuar em segurança nas regiões.

Na ocasião da morte, o vereador lamentou a morte de Carlos Alexandre e disse que "foi com grande pesar que recebi a notícia de falecimento do nosso colaborador Carlos Alexandre Pereira. Durante o tempo em que esteve conosco, fez tudo pela sua localidade e estava sempre disponível para ajudar no que fosse necessário. Me solidarizo com a dor dos familiares e amigos. Podem contar comigo para ajudar no que for preciso".

Caso Marielle

Siciliano foi apontado por uma testemunha como um dos envolvidos na morte da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes, em março. Ele foi citado em depoimentos e foi um dos vários vereadores ouvidos pela Polícia Civil, no começo de abril. Além dele, um ex-policial militar conhecido como Orlando da Curicica, ligado a milícias da cidade e que está preso no complexo penitenciário de Bangu, seria outro envolvido nos assassinatos.

Segundo a testemunha, Siciliano e Orlando teriam se encontrado algumas vezes e Marielle havia sido tema das conversas. Após o teor do depoimento ser revelado, o parlamentar convocou uma coletiva de imprensa onde afirmou que "a minha relação com a Marielle era muito boa, nós tínhamos um carinho grande um com o outro". Ele questionou a credibilidade da testemunha que o acusou de ser o mandante do crime e classificou denúncia como “factoide”.