Suspeitos são presos durante operação contra milícia chefiada por Tandera, no Rio

A polícia prendeu, com o apoio do Ministério Público, na manhã desta terça-feira (18), cinco suspeitos de integrar a milícia chefiada por Danilo Dias Lima, o “Tandera", no Rio. A ação tinha como objetivo cumprir oito mandados de prisão e 14 de busca e apreensão em endereços nos bairros de Campo Grande, Santa Cruz e Paciência, na zona oeste do Rio, e nos municípios de Nova Iguaçu e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

A operação “Conexão 32” contou com apoio de agentes do MPRJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro), da Polícia Civil e da Polícia Militar. Segundo as investigações, que começaram em 2021, os alvos seriam responsáveis pelo tráfico de armas, dominação de território, extorsões, homicídios e monopólio no fornecimento de bens essenciais e serviços públicos.

De acordo com a Polícia Civil, a organização criminosa é dividida em dois núcleos. O primeiro seria responsável pela coordenação e divisão de tarefas entre os integrantes, a organização da segurança armada e o planejamento de crimes de homicídios e extorsões. O segundo estaria ligado ao monitoramento das forças de segurança na região dominada pela milícia.

Em maio deste ano, seis pessoas foram presas em outra operação para combater a milícia do Tandera. Na ocasião, investigações revelaram a formação de uma “coalizão” entre candidatos a cargos eletivos para as eleições de 2020, na região da Baixada Fluminense, e os líderes da milícia. Pré-candidatos às prefeituras de Nova Iguaçu, Seropédica e Mesquita estão entre os envolvidos. Na casa de um desses políticos foram apreendidos R$ 500 mil. Nenhum dos investigados se elegeu.

Os agentes conseguiram ter acesso a vídeos desses politicos se reunindo com criminosos armados em negociações por trocas de favores. Filmagens com homicídios e torturas contra inimigos territoriais e desafetos da organização chefiada por Tandera também foram obtidas.