Técnica de enfermagem fez alerta antes de morrer com covid-19 no RJ
Internada com falta de ar, Daniele Costa, de 41 anos, faleceu no Hospital Zilda Arns, em Volta Redonda, após quadro de saúde se agravar
Rio de Janeiro|Do R7, com Record TV Rio
A técnica de enfermagem Daniele Costa, de 41 anos, que morreu em decorrência da covid-19, na segunda-feira (27), deixou um vídeo de alerta para amigos e familiares sobre a importância das pessoas se protegerem contra o novo coronavírus.
Antes de ser internada no Hospital Zilda Arns, em Volta Redonada, no Sul Fluminense, a profissional de saúde disse na mensagem que estava bem, mas pediu para que os colegas, que estão na linha de frente, lutassem por equipamentos de proteção.
“Quem puder fiquem em casa, se cuidem, bebam bastante líquido, cuidem da imunidade de vocês. Meus amigos que trabalham na área de saúde, lutem pelos EPIs [Equipamentos de Proteção Individual] de verdade, EPIs certos, porque eu estava trabalhando, estava me precavendo e está aí o resultado, não é? Eu estou bem no momento, mas estou muito triste. Vocês estão ouvido essa música? Todos os dias têm reuniões e encontros, tenho medo deles ficarem iguais a mim", disse a técnica de enfermagem.
Daniele Costa atuava na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Austin, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. No último dia 17, ela foi afastada do serviço ao ser diagnosticada com covid-19 na unidade em que trabalhava, segundo a prefeitura.
Uma semana depois, a profissional de saúde precisou ser internada na UPA por apresentar sintomas de falta de ar. Na última sexta-feira (24), Daniele foi transferida para o Hospital Zilda Arns, mas o quadro clínico dela se agravou e ela não resistiu.
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Profissionais de saúde
Somente na capital fluminense, 1.040 profissionais estão de licença por suspeita ou confirmação de covid-19. Outros 277 estão afastados por terem 60 anos ou mais e, com isso, integrarem o grupo de risco para a doença.
A Secretaria Municipal de Saúde conta com 45 mil funcionários trabalhando em unidades do Rio. O total de afastados representa 2,9% da força de trabalho.
Até terça-feira (28), havia a confirmação de 13 médicos mortos por infecção provocada pelo novo coronavírus.