O Rio é a segunda cidade do Brasil com mais usuários no Tinder (aplicativo de paquera), só perde para São Paulo. Apesar disso, os cariocas têm 7,3% mais matches (quando duas pessoas se curtem) do que os usuários paulistas. O cupido digital tem dado uma forcinha para os solteiros no Rio de Janeiro. No Dia dos Namorados, o R7 selecionou histórias de casais unidos pelo aplicativo de paquera. Samara, Carla, Sthéfany e Davide vão comemorar a data especial, neste 12 de junho, ao lado do amor que encontraram a partir de uma curtida no app. Em meio a romances imprevisíveis, um deles até já tem até data para subir ao altar. A vida da goiana Sthéfany Alves, de 21 anos, mudou completamente depois de um despretensioso chat no Tinder. Em janeiro de 2014, a jovem esteve no Rio a passeio e se encantou pelo perfil de um carioca. Um dia antes de voltar para casa, Sthéfany e Miguel marcaram um encontro na praia de Ipanema. Daí por diante, foi paixão avassaladora. O romance resistiu à ponte aérea e ficou mais intenso depois que ela decidiu mudar para a Cidade Maravilhosa. — Essas idas e vindas foram todas muito sofridas. Cada vez que Miguel pousava no Aeroporto Santa Genoveva meu coração disparava. No dia 8 de julho, deixei Goiânia. Eu já queria mudar antes de conhecê-lo por conta dos estudos, mas ele foi um incentivo a mais. Há um ano e meio juntos, Sthéfany e Miguel já planejam oficializar a união. — Temos um cachorro juntos, temos uma vida juntos. Estamos noivos e pretendemos nos casar em dezembro de 2017. Já temos nomes para nossos filhos e sabemos da eternidade do nosso amor. A gente pretende construir carreira em Goiânia. Agora, vai ser a vez dele de mudar de cidade. Com Samara Moreth, de 22 anos, a situação foi bem diferente. A jovem aderiu ao Tinder, em 2013, sem nenhuma expectativa de encontrar um namorado. Ela estava solteira há três anos e baixou o app para se “distrair”. Mas já na primeira curtida, a carioca sentiu o coração bater mais forte por Filipe Loureiro, de 28 anos. O romance demorou a engrenar, mas hoje o casal comemora o primeiro Dia dos Namorados. — Marcamos o primeiro encontro na praia do Leblon. A gente foi para conversar. Mas, no final da noite, rolou o beijo. A partir de então, fomos nos encontrando mais vezes. Ele me enrolou por um ano. Porém, no Réveillon 2014/2015 ele me pediu em namoro. Eu não acreditava que romances via aplicativo pudessem dar certo, mas agora acredito. Carla Basílio, de 24 anos, e Henrique Carvalho, de 27, formam outro casal que nasceu no Tinder, em 2014, durante a Copa do Mundo. Eles foram atraídos pelos interesses em comum que estavam descritos em seus perfis. Um mês após a curtida no app, eles já estavam namorando. Carla conta que, hoje, eles não se desgrudam por nada. — Nós trabalhamos com marketing digital e este ano começamos a trabalhar juntos. A gente gosta de viajar, ir ao cinema e sair com amigos. Até malhar juntos, nós malhamos. Davide Santos Passos, de 35 anos, e Silvia Cavalcante, 34, conheceram muitas pessoas no Tinder antes de se esbarrarem no aplicativo em 2013. Juntos há um ano e dois meses, Davide conta que o relacionamento está indo de “vento em popa”. Ele disse que vê com muita naturalidade a ideia de iniciar um romance pelo app, mas algumas pessoas ainda ficam surpresas quando descobrem como iniciou a história do casal. — Não vejo diferença se você conheceu alguém pelo Tinder ou na festa de uma amiga. O aplicativo é uma ferramenta virtual para trazer a pessoa para vida real. Muitos acham que quem está ali só quer um encontro casual, mas você pode conhecer pessoas que só querem um encontro casual em qualquer lugar.SOS Solteiros Alguns solteiros de plantão acreditam que ainda é possível correr contra o tempo e achar um par ideal nas próximas horas para curtir este Dia dos Namorados. Esse é o caso de Thais Castro, de 22 anos. A estudante de jornalismo contou que usa o Tinder há seis meses, mas, até hoje, só marcou um encontro. — Eu uso o Tinder desde o final do ano passado e já conheci muita gente legal, mas muita gente sem-noção também. Acho que a gente tem que peneirar bastante para conseguir um encontro bacana, com uma pessoa que esteja no mesmo clima que a gente. Acho que ainda dá tempo de marcar um encontro para hoje. Até porque todo mundo ali quer sair, né? Já a arquiteta Flavia Magioli, de 33 anos, excluiu o app do celular depois de marcar oito encontros. A jovem afirma que não tinha o objetivo de conseguir um namorado no Tinder, mas ficou decepcionada quando conheceu um rapaz interessante e descobriu que ele era casado. Para ela, o app é só um meio de conhecer pessoas. — Já desisti, prefiro a vida real. É muito arriscado. O olho no olho faz diferença. No Tinder, você escolhe alguém pelo 'currículo'.Dicas para Tinderelos O R7 selecionou algumas dicas para quem ainda está solteiro e quer se dar bem no Tinder. As sugestões foram passadas pelos casais entrevistados pela reportagem. Confira: - Conversar bastante antes de marcar encontro - Combinar primeiro encontro em lugar público - Avisar aos amigos sobre o encontro com o gato (a). Informar o local e até passar o telefone - Analisar fotos para tentar ter uma ideia das verdadeiras intenções do gato (a)