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Torcida do Botafogo diz que "omissão do Estado" e "falta de policiais" foram responsáveis por morte no Engenhão

A organizada Fúria Jovem relata ter esperado três horas e meia por escolta que não apareceu

Rio de Janeiro|Do R7*

Confusão antes de clássico deixou um morto e oito feridos
Confusão antes de clássico deixou um morto e oito feridos

Uma das principais torcidas organizadas do Botafogo, a Fúria Jovem, publicou em sua página oficial do Facebook, no início da tarde desta segunda-feira (13), uma nota oficial repudiando a “omissão do Estado do Rio de Janeiro e as inverdades noticiadas por diversos veículos de imprensa” pela morte do torcedor botafoguense Diego Silva dos Santos, de 28 anos, baleado em frente ao Estádio Olímpico Nilton Santos, o Engenhão, na zona norte do Rio de Janeiro, na tarde do último domingo (12).

O crime aconteceu antes do clássico entre Botafogo e Flamengo, pelo Campeonato Carioca. Diego chegou a ser socorrido e morreu no hospital.

De acordo com o departamento de marketing e comunicação da uniformizada, o descaso da Polícia Militar do Rio de Janeiro foram responsáveis pela morte.

Outras duas pessoas foram atingidas por tiros e levadas ao hospital. Seis foram socorridas após serem agredidas — apenas uma continua internada.


Polícia investiga morte de botafoguense baleado em briga de torcidas no Engenhão

Em nota, organizada do Botafogo repudiam Estado por falta de policiamento
Em nota, organizada do Botafogo repudiam Estado por falta de policiamento

A nota da Fúria Jovem diz que as torcidas organizadas e o Gepe (Grupamento Especial de Policiamento em Estádio) haviam acordado em uma reunião que aconteceu durante a semana antes do clássico que, além de ser disponibilizado um efetivo necessário para a segurança dos torcedores que foram assistir ao jogo entre Botafogo e Flamengo, a organizada seria escoltada do ponto combinado para a concentração até o estádio. No entanto, isso não teria acontecido.


“Ficamos cerca de três horas e meia esperando a chegada da escolta da Polícia Militar, que respondia aos nossos contatos dizendo que ‘estavam chegando’ ao local da nossa concentração. Fomos da concentração até o Nilton Santos sem qualquer auxílio da PMERJ e ao chegar no estádio, era nítido que não havia o policiamento necessário para a realização da partida”, diz a nota.

A torcida ressalta que, mesmo sem desrespeitar os limites dado aos botafoguenses, foi atacada com “paus, pedras, bombas e tiros de arma de fogo” e que “os poucos policiais que estavam nos arredores nada puderam fazer”.


Outro lado

Procurada pelo R7, a assessoria de imprensa da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro disse que "por uma questão estratégica, não divulga o número do efetivo empregado". A assessoria reconhece, no entanto, que "não há como negar que houve um prejuízo no planejamento por conta do protesto dos familiares".

"Uma fração do Gepe teve dificuldade para sair do quartel, sendo necessário o remanejamento de policiais de outras Unidades para cobrirem o jogo. Na partida de domingo (12), na parte interna foram empregados policiais militares do Gepe com apoio de policiais das Unidades do 1º CPA (Comando de Policiamento de Área). As ruas de acesso foram patrulhadas pelo 3º BPM (Méier), pelo BAC (Batalhão de Ação com Cães), do BPChq (Batalhão de Polícia de Choque), Unidades da Baixada Fluminense e da Zona Oeste.

Embora não tenha respondido acerca da escolta antes do início da partida, a assessoria da PM do RJ conta que "ao término da partida, a fim de salvaguardar a integridade do público, a Polícia Militar realizou a saída controlada das torcidas". E destaca que "o número de policiais relatados na súmula não foi o real e sim uma informação preliminar, tendo em vista, que os apoios não chegaram ao mesmo tempo e sim de forma gradual, devido às dificuldades encontradas nesse remanejamento do efetivo".

*Com colaboração de Kaique Dalapola, estagiário do R7

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