Três homens são presos pela morte do jovem congolês no Rio
Eles atacaram Moïse Kabamgabe, de 24 anos, com um bastão, de acordo com a polícia
Rio de Janeiro|Do R7, com Record TV Rio
Três homens foram presos pela morte do jovem congolês Moïse Kabamgabe, de 24 anos, nesta terça-feira (1º), no Rio de Janeiro.
De acordo com a Record TV Rio, um deles foi preso em casa, em Paciência, após os agentes arrombarem o imóvel. Ele foi levado para a Divisão de Homicídios, na Barra da Tijuca.
O crime foi registrado por câmeras de segurança do quiosque onde a vítima trabalhava. Moïse foi espancado, amarrado e morto por ao menos quatro homens, no dia 24 de janeiro.
Há informações, ainda, de que outro suspeito de envolvimento no assassinato do estrangeiro se entregou à polícia. Ele se apresentou à 34ª DP (Bangu).
O dono do quiosque e um funcionário também foram ouvidos hoje na 16ª DP (Barra da Tijuca). O nome deles não foi divulgado.
A defesa do proprietário do estabelecimento negou que a vítima trabalhasse no local. No entanto, a família de Moïse contou que ele foi morto depois de cobrar duas diárias de serviço, no valor de R$ 200, que não teriam sido pagas.
Quiosque interditado
A Orla Rio, concessionária que administra o serviço, já suspendeu a operação terceirizada dos dois quiosques que ficam perto do local onde ocorreu o assassinato. A empresa aguarda o fim das investigações para tomar as medidas cabíveis.
A Prefeitura do Rio, por meio das secretarias de Fazenda e Planejamento e de Ordem Pública, também suspendeu a licença do alvará de funcionamento dos quiosques 62 A e 62 B, localizados na avenida Lúcio Costa, até que sejam apuradas as responsabilidades sobre a morte do jovem congolês.
O prefeito Eduardo Paes se encontrou com a mãe e os dois irmãos da vítima em seu gabinete nesta tarde. Ele afirmou que as secretarias de Cidadania e Direitos Humanos e de Assistência Social foram acionadas para acompanhar a família e promover o auxílio necessário.
Nas redes sociais, o governador do Rio, Cláudio Castro, se manifestou sobre o caso. Ele afirmou que a morte de Moïse "não ficará impune" e que a Secretaria de Assistência à Vítima dará apoio aos familiares.