A Polícia Civil informou, nesta terça-feira (22), que quatro dos cinco corpos encontrados em Petrópolis, na região serrana do Rio, já foram identificados. Um deles ainda aguarda resultado de exame papiloscópico, já que está em estágio avançado de decomposição.
Há suspeita de que a morte desse último tenha sido em decorrência das chuvas do mês de fevereiro, que, até então, vitimaram 233 pessoas. Caso não seja possível a identificação por meio das papilas, haverá coleta de material genético para confronto de DNA com o de familiares de desaparecidos.
Nesta segunda-feira (21), os policiais da 105ª DP (Petrópolis) percorreram os 18 abrigos da cidade para fazer o cadastramento de desaparecidos em razão da chuva de domingo (20). Até esta manhã, duas pessoas ainda não haviam sido localizadas.
Na tarde de ontem, o governador Cláudio Castro e o prefeito Rubens Bomtempo se reuniram em Petrópolis. No encontro, firmou-se o início das obras do Túnel Extravasor, que teve muitas ocorrências nas chuvas.
"É preciso recuperar esse túnel que é tão importante para minimizar as enchentes no centro da cidade, no trecho do início da rua do Imperador, e garantir a segurança de quem mora no entorno", disse o prefeito Rubens Bomtempo.
"Tivemos o maior acumulado de chuva da história de Petrópolis neste domingo. Foram mais de 525 milímetros em 24 horas. Tivemos novos pontos de deslizamento que precisam ser vistoriados junto com o estado para a execução de obras", completou.
Segundo o governo do estado, essa obra emergencial terá um custo de cerca de R$ 40 milhões.
Só em 2022, a cidade de Petrópolis já passou por três grandes chuvas: no dia 7 de janeiro, foi decretada situação de emergência. Depois, no dia 15 de fevereiro, aconteceu o maior desastre da história. E agora, neste 20 de março, Petrópolis foi vítima do maior volume de chuva em um dia já registrado.
De acordo com o balanço da administração municipal, aproximadamente 620 pessoas estão em pontos de apoio da prefeitura.
*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa