Vereadores do Rio irão votar um projeto de lei que propõe uma nova forma de divisão geográfica na zona oeste: a criação da zona oeste-sul, da qual fariam parte os bairros Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá, e a zona oeste-norte, que incluiria os demais bairros, entre eles, Bangu, Realengo, Campo Grande, Santa Cruz, Sepetiba, Guaratiba e Dedoro. A votação estava prevista para esta quinta-feira (13), mas foi adiada e deve ocorrer na próxima terça-feira (18). De acordo com o autor da proposta, o vereador Marcelino D’Almeida (PP), o objetivo é delimitar a zona oeste em dois trechos geográficos a fim de proporcionar uma melhor fiscalização sobre as aplicações de verbas e emendas parlamentares nas duas partes. E dessa forma, acrescenta o parlamentar por meio de nota, realizar uma divisão de investimentos de "maneira igualitária". Segundo o gabinete de D’Almeida, a intenção da PL não é causar discórdia, pois a iniciativa é resultado de uma análise detalhada que constata que, durante anos, a maior parte dos recursos direcionados para a zona oeste foram aplicados na “zona oeste-sul”. Como consequência, houve menor crescimento e desenvolvimento da “zona oeste-norte”. Entretanto, o projeto de lei teve grande repercussão e internautas reagiram à divisão da zona oeste. O vereador Paulo Pinheiro (Psol) usou sua página em uma rede social para se posicionar contra a proposta que classificou como “absurdo completo”. Para Pinheiro, a medida é uma forma de dividir ainda mais a cidade e oficializar a ideia de separar a “zona oeste pobre da zona oeste rica”. “Isso é um absurdo completo. Alguns vereadores daquela área querem dividir ainda mais a cidade. Na cabeça das pessoas já há uma divisão da zona oeste pobre e da zona oeste rica. Isso oficializaria essa ideia, além de criar mais subprefeituras e cargos comissionados.”
