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Vítima de "Dra. Enfermeira" depõe e comprova uso de silicone industrial

Simone de Almeida, de 36 anos, apresentou dois laudos feitos por médicos argentinos que atestam presença do produto no organismo dela

Rio de Janeiro|Mariana Pepe, do R7*, com RecordTV Rio

Técnica de enfermagem foi presa no início deste mês
Técnica de enfermagem foi presa no início deste mês Técnica de enfermagem foi presa no início deste mês

Mais uma vítima da técnica de enfermagem conhecida nas redes sociais como Dra. Enfermeira prestou depoimento na Decon (Delegacia do Consumidor), zona norte do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (30). 

Simone de Almeida, de 36 anos, que é guia de turismo e mora na Argentina, apresentou dois laudos feitos por médicos do país que comprovam a presença de silicone industrial no organismo dela.

O produto foi usado durante uma bioplastia nos glúteos realizada pela técnica de enfermagem no dia 13 de junho deste ano, na clínica clandestina que mantinha em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. O estabelecimento não tinha alvará de funcionamento e a polícia encontrou no local, no início deste mês, caixas de polímetil metacrilato, o metacril.

"Quando cheguei lá para fazer o procedimento pensei ter alvará. Como ela fazia vários vídeos, a gente confia, fica cega mesmo e não acredita que uma pessoa vai aplicar um veneno no nosso corpo", contou Simone.

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A guia de turismo conheceu a Dra. Enfermeira por indicação de amigas, que diziam que a profissional era a melhor do mercado. A vítima pagou R$ 8.000 pelo procedimento estético sem saber que o produto utilizado para o preenchimento dos glúteos fosse silicone industrial.

No depoimento, Simone informou que, devido ao procedimento, precisa tomar muitas medicações para controlar as fortes dores e tratar as infecções, além de ter desenvolvido um quadro de depressão. Ela também disse que foi dopada na ocasião.

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"É uma bomba relógio, infelizmente eu procuro tentar tirar esse produto do meu corpo. Eu tenho vários sintomas. O produto migrou para as minhas costas e eu sinto muita dor", afirmou a guia de turismo.

A polícia vai investigar ainda outra denúncia feita pela vítima de que a clínica continua funcionando e captando novos clientes pelas redes sociais.

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Relembre o caso

A Dra Enfermeira foi presa em Nova Iguaçu, no início de agosto, após uma denúncia anônima. Segundo a polícia, ela é suspeita de exercício ilegal da Medicina, armazenamento de produto vencido, falsidade material e receptação qualificada.

Ainda de acordo com a polícia, a mulher é proprietária de um estabelecimento irregular onde ela realizava procedimentos estéticos.

Quando a acusada foi presa, o advogado do estabelecimento afirmou que não tinha conhecimento da realização de procedimentos estéticos realizados com produtos irregulares.

* Estagiária do R7, sob supervisão de Marcos Sergio Silva

Assista ao vídeo:

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