Postagens provocaram onda de denúncias ao Ministério Público do Rio de Janeiro
ReproduçãoA adolescente de 16 anos, vítima de um estupro coletivo em comunidade do Rio de Janeiro, já prestou depoimento à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática e fez exames no IML (Instituto Médico Legal). As investigações estão em andamento. O delegado Alessandro Thies pede que informações que possam ajudar a identificar os suspeitos sejam eviadas ao e-mail alessandrothiers@pcivil.rj.gov.br.
Um vídeo gravado após o crime, com a vítima nua e desacordada, foi postado em redes sociais. Ao menos dois suspeitos foram identificados. Um deles, identificado apenas como Michel, postou a gravação no Twitter na terça-feira (24). No vídeo, ele e outro rapaz exibem a jovem e fazem comentários que indicam o estupro.
"Amassaram a mina, intendeu (sic) ou não intendeu (sic)? Kkkkkkkkkk", escreveu o autor da postagem.
Vítima de estupro coletivo em comunidade do Rio é encontrada; suspeitos são identificados
No início do vídeo, um dos homens afirma: "Essa aqui, mais de 30, engravidou". Enquanto filmam o órgão genital da vítima, um deles narra: "Olha como que tá (sic). Sangrando. Olha onde o trem passou. Onde o trem bala passou de marreta".
O linguajar usado pelos dois homens sugere que sejam pessoas habituadas a gírias comuns entre criminosos. Além do vídeo, também há ao menos uma foto de um dos rapazes à frente do corpo da jovem.
A postagem repercutiu no Twitter nesta quarta-feira (25). "Ele dopou a garota e filmou ela (sic) após o estupro", escreveu uma pessoa. "Embebedou uma garota a ponto de deixá-la inconsciente, estuprou e postou um vídeo se vangloriando do ato", postou outro internauta. "O cara estupra, expõe e se gaba da atitude abominável. O que ele merece? Cadeia! Denunciem o Michel", escreveu outra pessoa.
Após a repercussão, um dos rapazes que aparecem nas imagens apagou sua conta na rede social. Antes, porém, ele reclamou das críticas e ameaçou divulgar mais imagens da vítima.
Pelo menos mais quatro rapazes compartilharam o vídeo — não se sabe se eles também participaram do estupro ou se limitaram a divulgar o vídeo —, o que também pode valer punição pela Justiça.
O caso é investigado pelo delegado Alessandro Thiers, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), que informou não poder dar detalhes a respeito da investigação, para não expor a vítima.
Ao longo da noite desta quarta, os perfis das quatro pessoas que até então haviam divulgado o vídeo foram alvo de críticas de outros internautas. Eles pedem que ninguém compartilhe as imagens e defendem punição aos envolvidos. Foram divulgados um perfil no Facebook e um número de telefone celular que pertenceriam a um dos autores do estupro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.