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Saiba o que é mieloma múltiplo e por que é importante falar sobre este tipo de câncer raro

A família têm papel fundamental durante o tratamento que pode trazer impactos psicológicos significativos ao paciente

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Com o aumento no número de pessoas idosas – a expectativa de vida da população brasileira chegou a 75.5 anos, em 2015, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – consequentemente há maior incidência de doenças frequentes na terceira idade, inclusive aquelas que ainda são pouco conhecidas, como o mieloma múltiplo: um câncer raro e incurável, mas que se diagnosticado precocemente pode ser devidamente tratado. 

Segundo dados da International Myeloma Foundation (IMF), a média de idade para o início do mieloma é entre 60 e 65 anos. Apenas 5% a 10% dos pacientes têm menos de 40 anos. A incidência é maior em homens e em alguns grupos raciais, como afro-americanos. No mundo, quase 230 mil pessoas vivem com a doença, de acordo com a International Agency for Research on Cancer (IARC), e aproximadamente 114 mil novos casos são diagnosticados mundialmente todo ano. Já no Brasil, segundo o Instituto Oncoguia, por ano, estima-se que 7.600 brasileiros recebem o diagnóstico da doença.

O mieloma múltiplo é um tipo de câncer de medula (tecido esponjoso que preenche o centro da maioria dos ossos) que ocorre quando os plasmócitos (células plasmáticas), responsáveis pela produção de anticorpos se multiplicam de forma desgovernada, passando a comprometer múltiplas áreas da medula e, consequentemente, a produção normal dos glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas. O tumor envolve as células produtoras de sangue na medula óssea, conhecidas como plasmócitos (um tipo de célula branca, leucócito), que são células produtoras de anticorpos (produtoras de imunoglobulina).

Sintomas

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Os sintomas típicos são: dores ósseas, anemia, problemas renais e fraturas patológicas. Infecções também são comuns porque o sistema imunológico fica comprometido.

Tratamento

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Além das opções medicamentosas que visam a reduzir o número de células de mieloma na medula óssea, pode ou não incluir transplante autólogo de células progenitoras hematopoiéticas5. Ainda assim, alguns pacientes podem não responder a esses tratamentos, com retorno da doença (fase chamada de recaída).

Convivendo com este câncer raro

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A jornada de tratamento do mieloma múltiplo é marcada por medos e aflições que acompanham as expectativas quanto ao sucesso do tratamento. Por se tratar de uma doença incurável, o impacto psicológico na vida do paciente é expressivo. Como forma de garantir a qualidade de vida, a aceitação é o primeiro passo para vencer as barreiras do tratamento. “Este é um tema difícil. Entretanto, a família neste momento tem um papel fundamental para auxiliar quem sofre da doença a entender que o tratamento pode apresentar uma melhora a ponto de deixar o paciente livre da atividade da doença por até 10 anos”, explica Dr. Edvan Crusoé, Hematologista do Hospital Universitário Prof. Edgard Santos (HUPES- UFBA).

Neste momento o acompanhamento com uma equipe multiprofissional pode fazer a diferença. Dr. Edvan comenta a dificuldade e diz que o auxílio de um psicólogo é primordial. “Em alguns casos, o paciente pode apresentar negação de sua doença inicialmente e até abandono da terapia”, explica o médico. Com isso, reforçar a ideia de que se trata de uma doença crônica e que sempre há uma esperança pode contribuir com maior adesão ao tratamento.

Vencendo as primeiras barreiras emocionais aparecem as dificuldades ocasionadas pelos sintomas da doença. As limitações para atividades do dia a dia podem também impactar o emocional desse indivíduo e são pontos que merecem atenção.

Em paralelo há ainda as dificuldades de socialização. Ainda que não haja sequelas ou acometimentos físicos, é necessária uma inserção social inicialmente limitada devido ao comprometimento do sistema imunológico durante o tratamento. A boa notícia, é que a situação tende a melhorar. “À medida que o paciente vai tendo resposta e melhorando sua condição clínica, naturalmente haverá tentativa de retomada de suas atividades. Portanto, o cuidado com infecções é o principal”, complementa o hematologista.

Por fim, quando ocorre de forma clara e franca, a interação médica é a chave para equilibrar a esperança do paciente com a realidade. “A condição atual da patologia, com as novas terapias, é um grande alento para o diagnóstico de mieloma. Cada dia é um dia e deverá ser vivido. Portanto, não perder as esperanças e também ter um profissional médico capacitado para oferecer esse apoio é a melhor maneira de conviver com este câncer raro”, conclui o especialista.

Para mais informações sobre a doença, o médico deve ser consultado.

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