Saiba quais cuidados ajudam a prolongar a vida do motor do carro
Óleo, gasolina aditivada e até troca de marchas influenciam
Não adianta a lataria estar impecável se o motor estiver com um barulho estranho. O coração do carro só funciona perfeitamente quando é muito bem cuidado. Segundo o consultor automotivo André Bertoldi Reiter, do Especialista em Carros, cuidados simples ajudam a prolongar a vida do motor, como a troca de óleo: “As funções vão muito além de apenas lubrificar as peças móveis do motor. Nos motores modernos, devido ao aumento da taxa de compressão, das rotações e das menores folgas internas, a importância do óleo lubrificante chegou a um patamar tão elevado que se não respeitarmos as especificações recomendadas pelo fabricante o motor pode fundir em pouco tempo. Outra função do lubrificante é a de manter o motor limpo, livre de borras e vernizes graças a aditivos dispersantes e detergentes, mantendo o desempenho e a eficiência determinados pelo fabricante”.
Mas atenção, não basta trocar o óleo e não substituir os filtros. “O filtro está saturado e cheio de óleo contaminado. Não faz sentido trocar o óleo e manter um filtro velho. Aqui podemos fazer uma analogia ao banho. Você veste meias sujas após tomar banho? Aposto que não!”, compara o consultor automotivo.
Prefira sempre gasolina aditivada
Não é só óleo lubrificante que faz bem para o carro, a gasolina aditivada também ajuda a manter o motor limpo. “Um motor que não usa gasolina aditivada terá seu desempenho e economia prejudicados, pois os bicos injetores sofrerão com acúmulo de depósitos perdendo sua vazão, os pistões ficarão carbonizados fazendo o motor ‘bater pino’ e as válvulas perderão sua estanqueidade, fazendo o motor perder taxa de compressão e consequentemente ficará mais fraco e gastador”, explica André Bertoldi Reiter.
Não esqueça de colocar água no radiador
De acordo com o consultor, o motor é uma máquina térmica e produz muito calor em seu interior. “Para se ter uma ideia, dentro da câmara de combustão as temperaturas podem chegar a mais de 2.000 °C. Então olhar o nível do liquido de arrefecimento e manter a proporção de aditivo dentro do recomendado é de suma importância. Se o motor ficar sem água ele poderá fundir em menos de 5 minutos”, observa.
Não acelere sem necessidade
O consultor admite que apesar de o motor ser projetado para suportar todas as rotações e cargas dentro dos parâmetros previstos, caso seja usado de maneira menos severa seu desgaste será menor.
Temperatura X motor
As baixas temperaturas também costumam afetar o desempenho do motor de diferentes maneiras. “Entre elas podemos citar, maior dificuldade de queimar o combustível, aumento da viscosidade do óleo e diminuição das folgas internas. Por isso, também é tão importante usar o lubrificante correto, pois se ele estiver fora da especificação parte superior do motor ficará sem lubrificação nos primeiros segundos após a primeira partida do dia, gerando maior desgaste”, diz.
Cuidado com os vazamentos
Segundo André Bertoldi Reiter, vazamentos devem ser consertados o mais rápido possível, pois se o nível do óleo baixar demais pode ocorrer falta de lubrificação. “No cofre do motor existem muitas peças sensíveis a derivados do petróleo, como mangueiras e correias, caso o lubrificante entre em contato com essas peças o prejuízo é certo”, diz.
De olho na correia
Se o motor foi equipado com correia dentada e ela estourar, o motor poderá sofrer grandes estragos e ter todas as suas válvulas empenadas. “O custo desse tipo de reparo costuma ser extremamente caro”, afirma.
Quando lavar o motor?
De acordo com o consultor automotivo, lavar o motor não é uma prática recomendada, e só deve ser feita em casos de extrema necessidade, como em grandes vazamentos de fluidos ou se o motor estiver com muita lama. Nesses casos, o carro deve ser levado até uma oficina capacitada para executar a lavagem, pois se a água entrar em contato com alguma central eletrônica ou sensores o prejuízo será enorme”, afirma.
Troca de marchas
Nem todo mundo sabe, mas a troca de marchas mantém o motor dentro da faixa ideal das rotações. “Se andarmos em uma marcha muito alta com uma velocidade baixa estaremos sobrecarregando o motor e causando vibrações na transmissão. Por outro lado, se andarmos numa velocidade alta com uma marcha baixa, estaremos imprimindo excesso de rotação, causando desconforto devido ao alto ruído. Em ambos os casos o consumo e o desgaste do motor serão maiores”, explica André Bertoldi Reiter.
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