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"A gente foi até os PMs e eles riram da nossa cara", diz jovem cega

Gabriela Talhaferro, de 16 anos, foi atingida por um tiro de bala de borracha na dispersão de um baile funk em Guaianases. Ela perdeu a visão

São Paulo|Do R7, com informações da Record TV

Adolescente tem que fazer curativo toda hora para não perder globo ocular
Adolescente tem que fazer curativo toda hora para não perder globo ocular Adolescente tem que fazer curativo toda hora para não perder globo ocular

Gabriela Talhaferro, de 16 anos, já está em casa recebendo os cuidados da mãe e tem que fazer curativo de hora em hora para tentar não perder o globo ocular. Ela ficou cega de um dos olhos ao ser atingida por um tiro de bala de borracha após a dispersão de um baile funk em Guaianases, na zona leste de São Paulo, na madrugada de domingo (10). "Olhei porque jamais imaginei que um policial ia me machucar desse jeito. Foi exatamente quando ele atirou", revelou a adolescente. 

Ainda abalada, Gabriela contou que saiu de casa para se divertir com os amigos, como sempre fazia, mas nunca imaginou o que poderia acontecer. A jovem alega que a rua estava vazia. Ela conversava com um amigo quando bombas foram lançadas em direção a eles. Na sequência, uma viatura da PM passou pela adolescente e fez o disparo. "Na hora eu não senti nada, só uma dormência e, quando coloquei a mão, já estava sangrando", contou.

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Gabriela não sabia como reagir diante da situação e disse que estava sangrando, chorando e quase desmaiando quando pediu socorro aos policiais. "A gente foi até os PMs pedindo ajuda e eles ficaram debochando, rindo da nossa cara, eles negaram ajuda e falaram que era pra gente sair de perto deles", revelou a vítima.

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A adolescente diz que é capaz de identificar os três policiais militares da ocorrência e descreve a situação como "aterrorizante". 

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Corregedoria vai apurar o caso

O ativista de direitos humanos Darlan Mendes, que presta assistência à família, apresentou o caso à Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo. O ouvidor Benedito Mariano encaminhará à Corregedoria da Polícia Militar, que vai investigar a atuação dos policiais militares no baile funk.

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A Polícia Militar afirmou que instaurou procedimento para investigar as circunstâcia do caso. Veja a seguir a nota da PM:

"A Polícia Militar esclarece que, em 9 de novembro, policiais do 28º BPM/M realizavam a operação "Noite Tranquila", com o objetivo coibir ocorrências de perturbação de sossego, quando foi necessário o uso de técnicas de controle de distúrbios para conter a multidão. Até o término da ocorrência não havia relato de pessoas feridas, mas, ao tomar conhecimento do caso citado pela reportagem, o Comando do 28º Batalhão Metropolitano instaurou procedimento apuratório para investigar as circunstâncias. Até o momento, a Polícia Civil não localizou registro de boletim de ocorrência sobre o fato."

A adolescente e a mãe pretendem ir na Corregedoria nesta quarta-feira (13) e registrar o boletim de ocorrência.

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