Acusados de esquartejar zelador são condenados a 35 e 23 anos de cadeia
Eduardo e Ieda Martins pegaram, respectivamente, 35 e 23 anos de cadeia
São Paulo|Do R7, com Record TV

Após três dias de julgamento, o casal Eduardo Tadeu Pinto Martins e Ieda Cristina Martins, acusados de matar e esquartejar o zelador Jezi Lopes de Souza em 2014, foram condenados nesta quarta-feira (4), respectivamente, a 35 anos e 4 meses e a 23 anos e 4 meses anos de reclusão, em regime inicial fechado.
Os acusados não demonstraram nenhuma emoção ao ouvirem a sentença lida pela juíza Flávia Castellar Olivério. A família do zelador, no entanto, comemorou muito a decisão da Justiça.
Eduardo Tadeu Pinto Martins foi condenado por homicídio com os agravantes de motivo torpe (desprezível), recursos que dificultou a defesa da vítima e causa de aumento de pena relativa a idade do ofendido (crimes cometidos a pessoas com mais de 60 anos). O publicitário foi condenado ainda por ocultação de cadáver, fraude processual, porte de arma de fogo de uso permitido, posse e ocultação de arma de fogo de uso restrito e falsificação de documento público.
Ieda Cristina Martins também foi condenada por homicídio com as mesmas qualificadoras (motivo torpe, recursos que dificultou a defesa da vítima e causa de aumento de pena relativa a crimes cometidos a pessoas com mais de 60 ano) e ainda responderá por fraude processual, mas foi absolvida do porte e ocultação de arma de fogo.
A juíza destacou a ocultação do cadáver. Em sua sentença ela afirma duas vezes que "o delito não pode ser entendido como praticado em condições singelas, houve não só a ocultação do corpo por vários dias, como na sequencia, sua parcial destruição, fora o cadáver não só seccionado em nada menos do que dezessete inúmeras partes, como também incinerado."
A morte do zelador aconteceu no fim de maio de 2014. Depois de ficar desaparecido por três dias, o corpo do Souza foi encontrado esquartejado e com sinais de queimadura na casa do pai de Martins, na Praia Grande, no litoral sul paulista em 2 de junho. No mesmo dia, o casal teve prisão temporária decretada.
O zelador trabalhava em um edifício, na Rua Zanzibar, na Casa Verde, zona norte de São Paulo. Lá, foi visto pela última vez entregando correspondência — momento filmado pelo sistema de monitoramento do prédio. Para as investigações, ele foi morto por asfixia.
Segundo testemunhas, o casal tinha histórico de desentendimentos com Souza. Para a acusação, uma briga na garagem do prédio teria motivado o crime.
À Polícia Civil, o publicitário chegou a confessar ter brigado com o zelador, mas afirmou que a morte foi acidental. Segundo a versão de Martins, Souza teria batido a cabeça no batente da porta.
De acordo com os investigadores, o publicitário usou um serrote para cortar a vítima e tentou queimar as vísceras do zelador. Segundo a acusação, Ieda teria tentado encobrir o crime e ocultar o corpo, ajudando o marido a pôr a mala, onde estava a vítima, em um carro. Os dois negam as acusações.












