Adolescentes são apreendidos em SP por integrar grupo que aplicava golpe do Pix em mais de 600 vítimas
Polícia localizou oito celulares, máquinas de cartão de crédito, CPU de computador e diversos documentos de vítimas sequestradas
São Paulo|Luan Leão*, da Agência Record
Dois adolescentes foram presos acusados de integrar uma grupo que praticava roubos via Pix, na região da Barra Funda, zona oeste de São Paulo na madrugada desta quarta-feira (1°). De acordo com o registro da ocorrência, estima-se que mais de 600 pessoas tenham sido vítimas do golpe.
Segundo informações do tenente Leonardo Cavenagui, a Polícia Militar foi acionada para um roubo de um aparelho Iphone 13, cujo preço varia entre R$ 6 mil e R$ 12 mil.
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A vítima informou que a localização exata do celular mostrava o aparelho na rua Clara Nunes, em uma viela, local para o qual se dirigiram os policiais. Ao chegarem, os policiais abordaram dois jovens, um deles estava com um Iphone 11 Pro Max, produto de roubo. Ele foi conduzido ao 45º DP (Vila Brasilândia).
O outro rapaz, de 16 anos, confessou aos policiais que próximo ao local da abordagem havia uma casa utilizada pelo grupo para levar os celulares roubados e as vítimas de sequestro para as transferências via Pix.
Após a informação, foi solicitado apoio da Força Tática e de mais viaturas da 4ª Companhia do 9º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano do Tucuruvi, para averiguação do local informado.
No endereço, as equipes encontraram mais celulares roubados, duas máquinas de cartões utilizadas para transações bancárias, e dados da contabilidade de transferências de vítimas do Pix. Segundo o registro da ocorrência, papéis mostram haver mais de 600 vítimas.
O adolescente de 16 anos disse aos policiais que o grupo utilizava o local há mais de três meses para manter as vítimas em cárcere privado.
Ele informou também que os integrantes realizavam roubos nas regiões da avenida Inajar de Souza, Barra Funda, Lapa e avenida Paulista. O jovem também foi conduzido ao 45º DP.
No total, foram recuperados oito celulares produtos de roubo, duas máquinas de cartões de crédito, uma CPU (de computador), diversos documentos de vítimas de sequestro, folhas de contabilidade das transferências por Pix e o caderno de contabilidade do grupo.
Três vítimas foram identificadas e foram ao departamento policial realizar o reconhecimento dos adolecentes. O computador passou por perícia e confirmou as informações do grupo, enquanto o cativeiro aguarda a perícia.
O caso está sendo registrado no 45º DP como roubo mediante sequetro e cárcere privado.
*Estagiário sob supervisão de Edilson Muniz, daAgência Record