Advogada de narcotraficante Jarvis Pavão é assassinada no Paraguai
Após passar por cirurgia, Laura Casuso morre na segunda-feira (12). Ela foi baleada com tiros no abdômen, torax e membros superiores
São Paulo|Fabíola Perez, do R7
A advogada de defesa dos narcotraficantes Jarvis Chimenes Pavão e Marcelo Piloto, Laura Casuso, morreu na segunda-feira (12), logo após passar por uma intervenção cirúrgica. Segundo autoridades policiais do Paraguai, a advogada foi abordada por suspeitos por volta das 19h e ferida com diversos tiros, na cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã, cidade brasileira no Mato Grosso do Sul.
A informação sobre a morte da advogada foi confirmada ao jornal paraguaio ABC Color pelo diretor do Hospital Regional de Pedro Juan Caballero, o médico Hugo Gonçalvez.
Segundo o veículo local, a advogada foi atingida quando saía de uma reunião. Nesse momento, um suspeito teria saído de uma caminhonete preta e efetuado pelo menos sete disparos contra ela. No carro, outro homem teria atirado sem direção e ambos fugiram do local.
Para o chefe da polícia, o crime foi cuidadosamente planejado, uma vez que os suspeitos tinham informações sobre o trajeto da advogada. Segundo as investigações, acredita-se que os suspeitos teriam ligado para o celular da advogada a obrigando a sair do lugar em que estava.
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O narcotraficante Jarvis Chimenes Pavão foi condenado, em julho, a 13 anos e 6 meses de prisão. Preso no Paraguai e extraditado para o Brasil no final do ano passado, ele é considerado como o maior fornecedor de cocaína e maconha no Sul do país e para a maior organização criminal brasileira, o PCC (Primeiro Comando da Capital).
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Minutos antes do falecimento, o médico chegou a explicar, segundo o veículo, que o quadro da advogada nascida na Argentina, era considerada delicado. "A cirurgia pela qual passou foi exitosa, mas a paciente segue em estado muito grave", disse. Ele afirmou também que ela seria encaminhada à Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Viva Vida, na mesma cidade.
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Ele lamentou que a advogada não resistiu aos ferimentos. "Estamos muito tristes, estávamos realmente esperançosos que ela pudesse suportar o processo cirúrgico", afirmou o médico ao jornal.
O médico afirmou que não tem informações sobre a quantidade exata de balas que perfuraram o corpo de Laura, porém os disparos teriam atingido o abdômen, tórax e membro superior esquerdo. Além disso, teriam alvejado superficialmente o pescoço. Os disparos provocaram lesões nos membros superiores, múltiplas fraturas e lesões vasculares.
O médico afirmou que ela não estava com colete à prova de balas. "Ao chegar ao serviço de emergência do Hospital Regional não estava com nenhum colete."