Logo R7.com
RecordPlus

Advogado diz que aluno expulso da Unisa não participou de ato obsceno

Segundo defesa, estudante considerou injusta ação da faculdade contra ele e outros 14 colegas que foram a jogos universitários

São Paulo|Do R7

  • Google News
Imagens viralizaram nas redes sociais
Imagens viralizaram nas redes sociais

A polêmica cena de alunos da Unisa (Universidade Santo Amaro) pelados em público durante um torneio universitário em São Carlos, em abril, viralizou na última semana e terminou com a expulsão de 15 alunos do curso de medicina. A instituição teria utilizado as imagens divulgadas nas redes sociais para identificar os estudantes e tomar as medidas administrativas.

O advogado de um destes alunos expulsos da Unisa, entretanto, afirma que o cliente estava nos jogos universitários, mas não praticou nenhum ato considerado obsceno. Segundo Renato Franco de Campos, a universidade se sentiu “obrigada” a tomar alguma medida contra os estudantes após a repercussão do caso.


“O meu cliente, especificamente, sequer está participando daqueles atos. Ele está lá nos jogos, mas ele não aparece nas filmagens. Aparentemente, a faculdade se sentiu obrigada a tomar uma medida enérgica, que foi a expulsão dos alunos”, conta Campos ao R7.

Nesta terça-feira (26), a Justiça Federal determinou que a universidade reintegre um outro aluno. A medida poderá ser estendida aos demais 14 alunos que foram expulsos, segundo a Unisa. O advogado Renato Franco de Campos afirmou que seu cliente irá normalmente à aula nesta quarta-feira (27).


Leia também

Baixa resolução

Ainda segundo o advogado, grande parte dos alunos retirados do curso de medicina por parte da Unisa são calouros, em uma identificação feita por vídeos com “baixa resolução”.

“A maioria esmagadora dos alunos que foram expulsos são calouros. Os vídeos são de baixa resolução e parece que a identificação que a faculdade fez, num primeiro momento, não foi muito assertiva.”


Durante a entrevista, Campos cita também o sofrimento da família após a expulsão do cliente, uma vez que aquele seria o sonho dele e dos pais.

“Eles foram surpreendidos com essa avalanche de fatos, de acusações graves feitas pela mídia", afirma o advogado, que diz que o estudante ficou arrasado com a polêmica.


Compartilhe esta notícia no WhatsApp

Compartilhe esta notícia no Telegram

Investigação

Além das medidas tomadas pela própria Unisa, a Polícia Civil de São Carlos está investigando o caso, já que os jogos universitários foram realizados na cidade. Os investigadores também podem ouvir os alunos envolvidos nos atos obscenos em breve.

No último dia 18, o MEC (Ministério da Educação) notificou a Unisa para que se pronunciasse sobre quais medidas seriam tomadas para punir os alunos envolvidos nos vídeos.

No entendimento de Campos, os atos que foram gravados no torneio universitário são parte de uma tradição de jogos de medicina que devem ser descontinuados, embora os estudantes não se sintam ofendidos.

“Quando os jogos acabaram, quando esses fatos acabaram, ninguém saiu chocado, ofendido. Aquilo, naquele contexto, acontece. Deve ser coibida, proibida de uma forma educativa para que não aconteça mais”, conclui Campos.

A defesa da Unisa foi procurada para comentar o caso, mas não retornou o contato até a publicação desta matéria. O R7 mantém o espaço aberto para manifestação da universidade.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.