Aglomeração de passageiros em ônibus preocupa a Defensoria de SP
Reprodução/ Record TVA Defensoria Pública de SP enviou ofícios aos órgãos municipais da capital paulista solicitando dados sobre os impactos da implantação do megarodízio de veículos na cidade durante a pandemia do novo coronavírus. A entidade está preocupada com a superlotação dos ônibus nos últimos dias.
As informações solicitadas têm como objetivo esclarecer, principalmente, se o dimensionamento da frota está adequado para evitar a aglomeração de passageiros, especialmente de regiões pobres e periféricas da cidade, que se deslocam diariamente ao trabalho.
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“A Defensoria apoia as medidas de isolamento social, que são necessárias para salvar vidas e preservar ao máximo o sistema de saúde durante a pandemia. Mas buscamos esclarecimentos sobre os dados que fundamentam as medidas adotadas, para garantir que a população carente não sofra ainda mais com efeitos da desigualdade. A frota de transporte público deve estar adequada para evitar aglomerações, protegendo passageiros e trabalhadores do sistema”, afirmaram os defensores Estela Waksberg Guerrini, Luiz Fernando Baby e Allan Ramalho.
Entre as informações pedidas à SPTrans e à Secretaria Municipal de Transportes, estão os dados de GPS dos ônibus e bilhetagem, ocupação e variação horária (horários de pico), para saber se foram utilizados no planejamento da frota.
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Os defensores questionam se, considerando a redução da frota de ônibus para 65,5% do total, há planejamento ou não do uso de total de veículos para garantir uma distância mínima de passageiros.
A entidade quer saber ainda sobre medidas de reservas de assentos e maior distanciamento em pontos de espera e terminais.
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“As medidas relacionadas ao transporte público devem estar coordenadas com outras ações do poder público para evitar o deslocamento de pessoas e aumentar o patamar de isolamento social, inclusive com apoio a grupos e parcelas vulneráveis da população", ressaltaram os defensores.