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Alckmin e ministro da Justiça anunciam criação de agência de segurança em SP

Ação tem como objetivo impedir escalada de violência na capital paulista

São Paulo|Com R7 e Rede Record

Encontro selou acordo entre os governos estadual e federal para combater ação do crime organizado na capital paulista
Encontro selou acordo entre os governos estadual e federal para combater ação do crime organizado na capital paulista

Em reunião realizada no Palácio dos Bandeirantes nesta terça-feira (6), na zona sul da capital paulista, o governador do Estado, Geraldo Alckmin, o secretário de Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, e o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, anunciaram a criação de uma agência integrada de inteligência, com o objetivo de combater a violência crescente na capital paulista.

A agência vai atuar na integração das polícias militar, civil e federal. O foco da ação é rastrear os passos do crime organizado e criar uma asfixia financeira nas organizações criminosas que atuam na capital.

Serão seis áreas de cooperação entre as esferas estadual e federal. A agência vai coordenar, de maneira integrada, as ações de inteligência das polícias estadual e federal no combate ao crime organizado. Videomonitoramento e bases móveis farão parte das ações, e núcleos especializados combaterão as drogas a partir de sua origem.

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Alckmin destacou a importância da parceria para tentar interromper a onda crescente de violência na capital.

— As organizações criminosas não têm fronteiras. É fundamental participarmos juntos.


Já segundo o ministro da Justiça, as medidas foram decididas em comum acordo e terão impacto no enfrentamento do crime organizado.

Cardozo destacou a importância do trabalho conjunto no setor de inteligência:


— Somando esforços, teremos relatórios precisos que orientarão as ações das polícias, cada uma em sua área de atuação [...] Não se combate o crime organizado sem inteligência.

As outras áreas de cooperação entre o governo federal e o de São Paulo envolvem a administração penitenciária — com a possibilidade da transferência de presos para presídios federais —; a contenção do crime organizado por ações empreendidas por vias rodoviária, marítima e aérea; o enfrentamento ao crack; a cooperação das polícias científica e pericial, além da criação de um centro de comando dessas ações integradas.

O policiamento também será reforçado em portos, aeroportos, fronteiras e estradas que ligam São Paulo aos demais Estados do País.

Para detalhar as ações que serão desenvolvidas em conjunto pelos dois governos, uma nova reunião está agendada para a próxima segunda-feira (12), na capital paulista, com representantes do governo estadual e do ministro da Justiça.

Cardozo afirmou que não serão enviadas tropas federais para São Paulo, ressaltando que mais de 130 mil policiais já atuam no Estado. A ação integrada entre as inteligências dos dois governos tem por objetivo a produção de protocolos para "asfixiar financeiramente o crime organizado", ressaltou o ministro da Justiça.

Alckmin reforçou o significado do trabalho em conjunto entre os governos para aplacar a ação das organizações criminosas.

— Juntos, os governos estadual e federal são muito mais fortes no combate ao crime organizado.

Para Alckmin, neste primeiro momento de enfrentamento do crime, existe a possibilidade de a violência aumentar, mas pediu que a população não se intimide, porque o Estado e a polícia não vão se intimidar.

Além de Cardozo e Alckmin, participaram do encontro desta terça-feira, no Palácio dos Bandeirantes, os secretários Sidney Beraldo (Casa Civil), Antonio Ferreira Pinto (Segurança Pública) e Lourival Gomes (Administração Penitenciária), além de membros da cúpula das polícias Federal, Militar e Civil e representantes do Ministério Público e da Administração Penitenciária.

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