Deputada Isa Penna (PSol) repeliu o deputado Fernando Cury (Cidadania)
Reprodução/TV AlespA Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) deve ampliar para 180 dias a suspensão do mandato do deputado estadual Fernando Cury, sem direito a salário nem gabinete, por assediar a deputada Isa Penna em dezembro. A ação foi flagrada por câmeras da Alesp.
A proposta inicial de punição, definida no dia 3 de março pelo Conselho de Ética da Casa, previa 119 dias de suspensão. Porém os partidos entraram em acordo para ampliar o período para seis meses.
A defesa de Isa Penna é pela cassação do mandato de Cury. Isa, no entanto, reconheceu que a penalidade não teria apoio da maioria dos parlamentares. Por isso, segundo a deputada, a aprovação do afastamento de Cury por seis meses já significaria um avanço "tímido" do caso.
Em sessão plenária virtual que discutiu a punição na quarta-feira (1), deputados da bancada do PT e do PSol alegaram que punição de 119 era branda demais e chegaram a sugerir a cassação do mandato. Na ocasião, o presidente da Alesp, Carlão Pignatari, não acatou ao pedido da oposição e defendeu que a votação sobre a punição se manteria estrita à decisão do Conselho de Ética, de 119 dias.
O caso de assédio de Fernando Cury a Isa Penna ocorreu em 16 de dezembro passado, e foi registrado pelas câmeras da assembleia.
As imagens mostraram Cury conversando com outros dois parlamentares, se aproximando de Penna por trás e apalpando seu seio; a deputada rapidamente reagiu e afastou a mão do colega.
Devido ao recesso da Alesp no fim do ano, a deputada pediu em janeiro a convocação de uma sessão extraordinária para julgar o caso.
Ao depor no Conselho de Ética, Cury se defendeu dizendo que o que chamou de abraço havia sido um gesto de gentileza, e se desculpou “por qualquer tipo de constrangimento e ofensa”. Diante a defesa do parlamentar, Penna afirmou ter sido revitimizada.
Em 3 de março passado, o Conselho definiu que a punição a ser votada contra Fernando Cury seria a suspensão de 119 dias de suas funções.