Ameaças de atentados em escolas assustam moradores no Paraná
Homem é detido depois de causar pânico na população de Coronel Vivida com postagens nas redes sociais sobre ataques a creches, escolas e igrejas
São Paulo|Cesar Sacheto, do R7
Um homem acusado de publicar nas redes sociais ameaças de atentados em escolas e creches provocou pânico na população de Coronel Vivida (PR), cidade situada a cerca de 400 km de Curitiba, nesta segunda-feira (18). O suspeito foi detido pela Polícia Militar para averiguação.
Nas postagens, o suspeito dizia que existe na cidade uma organização criminosa disposta a matar pessoas em escolas, creches, hospitais, asilos e mercados.
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De acordo com a Polícia Militar, as mensagens geraram uma comoção no município e motivaram várias ligações para o telefone 190 de pessoas com medo de atentados. Muitos pais decidiram tirar os filhos das escolas com receio de que as ameaças se concretizassem.
"Saí do trabalho, fui na farmácia e uma amiga me falou que a cidade estava em polvorosa", disse uma funcionária pública que pediu para não ser identificada.
A mulher foi até a escola onde a filha de quatro anos estuda para buscar a menina e percebeu que outros pais de alunos tomaram a mesma decisão.
"Cheguei lá e tinha outros pais buscando [os filhos]. A professora me disse que tudo estava normal, mas não haveria problema em pegar a criança, caso aquilo a deixasse mais calma", contou.
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Uma professora foi até a delegacia da cidade para fazer um boletim de ocorrência das ameaças. "Eu vi o desespero nos olhos e vozes dos pais hoje", disse em mensagem encaminhada para a mãe de uma aluna. Contatada pelo R7, a unidade policial não informou detalhes daquilo que foi registrado.
Reputação problemática
O rapaz que aterrorizou os moradores de Coronel Vivida é filho de uma professora e conhecido por atitudes agressivas. "É um cara bem complicado", disse a moradora que não se identificou.
Devido às denúncias dos habitantes, uma viatura foi destacada para abordar o suspeito. No entanto, o homem foi visto caminhando nas proximidades do quartel da 3ª Companhia do 3º Batalhão da PM do município.
Os policiais militares registraram uma ocorrência de ameaça, o suspeito foi ouvido e depois encaminhado para o Ministério Público — órgão que seria o responsável por adotar as medidas preventivas em relação ao suspeito.
Outro lado
A reportagem do R7 procurou o representante do Ministério Público destacado para avaliar o suspeito, mas o promotor não foi localizdo. A defesa do rapaz não foi encontrada até o fechamento desta matéria.
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