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Apagão na Grande São Paulo chega ao terceiro dia, sem prazo para volta da energia

Ainda há cerca de 900 mil clientes sem luz na manhã deste domingo

São Paulo|Do R7, com Estadão Conteúdo

A tempestade que atingiu São Paulo na sexta (11) provocou a queda de várias árvores pela cidade Werther Santana/Estadão Conteúdo – 12.10.2024

O apagão que atinge diferentes municípios da Grande São Paulo desde o temporal de sexta-feira (11) chegou ao terceiro dia neste domingo (13). Até o momento, a Enel não divulgou um prazo oficial para a normalização do fornecimento de energia na capital paulista e em outras cidades da região metropolitana, como São Bernardo do Campo, Santo André, Taboão da Serra, São Caetano do Sul e Cotia, dentre outras. Ao todo, são mais de 36 horas sem luz.

A concessionária de energia divulgou um balanço do total de afetados na manhã de hoje. No momento, cerca de 900 mil clientes seguem sem luz, ou quase 11% da base de clientes da distribuidora. Em nota, a Enel disse que, “em alguns casos, o trabalho para restabelecer a energia é mais complexo, pois envolve a reconstrução de trechos inteiros da rede".

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Até as 8h de domingo, cerca de 1,2 milhão de clientes tiveram o serviço restabelecido, segundo a concessionária.

Na capital, o apagão atingiu todas as regiões. Entre moradores, há relatos de continuidade da falta de energia em diversos bairros, como Interlagos, Santo Amaro, Vila das Mercês, Panamby, Jabaquara, Campo Limpo, Chácara Santo Antônio, Cidade Ademar, Cupecê e Americanópolis, na zona sul, e Alto da Lapa e Pinheiros na oeste, e Mooca, na leste.

Em novembro do ano passado, alguns locais chegaram a ficar sem energia por uma semana. Com a falta de energia, moradores e comerciantes têm relatado problemas e prejuízos. Também há dificuldade para a fluidez do trânsito em trechos da cidade, onde a falta de energia deixou semáforos inoperantes.

Além disso, há diversas árvores que precisam ser removidas de vias e espaços públicos e privados. Segundo a Prefeitura, a UPA Santo Amaro e mais estabelecimentos essenciais estão funcionando com geradores.

De acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) da Prefeitura, não há previsão de chuva para este domingo.

Prejuízos generalizados

No sábado, espaços culturais tiveram de cancelar apresentações por causa da falta de energia. O Theatro São Pedro, no entorno da Barra Funda, no centro expandido, informou que precisaria passar por uma manutenção antes do retorno da programação de espetáculos.

Em Pinheiros, na zona oeste, estabelecimentos que abrem à noite também não tiveram funcionamento normalizado, como o Ó do Borogodó, que cancelou uma apresentação em homenagem a Cartola.

No sábado, a Fhoresp (Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo) anunciou que vai acionar judicialmente a Enel, a fim de responsabilizá-la por prejuízos causados ao setor devido ao apagão. A entidade diz representar mais de 502 mil estabelecimentos, dos quais cerca de metade em regiões afetadas.

A organização também lembrou que o apagão de novembro do ano passado teria causado um prejuízo de cerca de R$ 500 milhões. “A medida legal é necessária, tendo em vista os danos milionários causados aos estabelecimentos gastronômicos”, apontou em comunicado.


Balanço de clientes sem energia neste momento

  • São Paulo: 552 mil clientes impactados
  • São Bernardo do Campo: 60,4 mil unidades
  • Cotia: 59 mil clientes
  • Taboão da Serra: 55,5 mil unidades

Em nota, a Enel informa que a companhia está atuando com cerca de 1.600 técnicos em campo e trabalhando para mobilizar no total cerca de 2.500 profissionais. Esse contingente está sendo ampliado com a mobilização de equipes adicionais, além da chegada de técnicos do Rio, do Ceará e de outras distribuidoras.

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