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Após 24 horas, defensores reféns são liberados em rebelião de Lucélia

Três defensores públicos foram feitos de refém na penitenciária, a 600 km de São Paulo. Segundo a Defensoria Pública, os três passam bem

São Paulo|Fabíola Perez, do R7

Presos de Lucélia (SP) liberam três defensores que foram mantidos como reféns
Presos de Lucélia (SP) liberam três defensores que foram mantidos como reféns Presos de Lucélia (SP) liberam três defensores que foram mantidos como reféns

Os três defensores públicos mantidos como reféns na Penitenciária de Lucélia, município a 600 km de São Paulo, desde a tarde da quinta-feira (26) foram liberados na manhã desta sexta-feira (27). O primeiro deles foi solto por volta das 10h15, o segundo às 11h20 e o terceiro às 12h. A Defensoria Pública do Estado de São Paulo informou que todos estão em liberdade e em segurança. 

Segundo o órgão, os três passam bem, mas mesmo assim serão encaminhados para cuidados médicos, conforme protocolo em operações dessa natureza. Não há informações confirmadas sobre os motivos que teriam originado o motim, porém, segundo organizações que atuam em defesa da população carcerária, os presos procuravam chamar atenção para as más condições de infraestrutura nas instalações.

Além dos defensores, 21 presos que estavam feridos foram liberados e encaminhados para atendimento médico em hospitais da região. Segundo organizações do terceiro setor atuantes na área, as más condições se acentuam em função da distância e do isolamento das instalações.

"Não conseguimos articular os grupos de visita até o local", informou ao R7 uma organização que atua em defesa dos direitos da população carcerária. Há também reclamações em relação às condições de saúde dos presos da Penitenciária de Lucélia.

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A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) confirmou a liberação dos três defensores. Segundo o órgão, na quinta-feira (26), por volta das 9h, cinco defensores públicos chegaram à Penitenciária de Lucélia, a 600 km da cidade de São Paulo, para realizar atendimento aos presos da unidade.

"A direção informou aos defensores que não seria conveniente, por questão de segurança, entrar naquele momento nos pavilhões habitacionais pois os detentos estavam soltos no horário do banho de sol, porém, os defensores insistiram em entrar."

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Por volta das 14h, ainda durante o banho de sol, os defensores entraram nos pavilhões três e quatro, e cerca de vinte minutos depois, os detentos fizeram três defensores de reféns e teriam quebrado as portas dos pavilhões para liberar todos os presos.

A SAP informou também que o Grupo de Intervenção Rápida, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados. O diretor da penitenciária e o coordenador de unidades prisionais da região participaram das negociações com os detentos."Esclarecemos que Defensores Públicos possuem acesso irrestrito as unidades penais e não podendo ser vedada sua entrada em qualquer estabelecimento prisional."

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