Após 9 mortes, PM diz que não vai mudar atuação em bailes funk
Vítimas foram pisoteadas depois da chegada da polícia em Paraisópolis. Quatro pessoas já foram identificadas, mas nomes não foram divulgados
São Paulo|Giovanna Orlando, do R7
Após 9 mortes em um baile funk em Paraisópolis, na madrugada deste domingo (1), em que as vítimas morreram pisoteadas, a Polícia Militar deu uma coletiva de imprensa em que disse que a operação foi técnica, mas vai apurar o que aconteceu.
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Segundo o tenente-coronel Emerson Massera, a polícia chegou ao baile por volta das 5h30 da manhã para dispersar o movimento. Ele disse que os policiais já haviam passado pelo local antes, para tentar evitar que o baile acontecesse, mas não conseguiram.
Ele diz que uma pessoa que estava correndo tropeçou e caiu, o que fez com que as outras pessoas atrás tropeçassem a caíssem e acabassem sendo pisoteadas. Ele afirma que não era “objetivo da polícia encurralar” os presentes.
A polícia já conseguiu identificar 4 das 9 vítimas, mas não divulgou o nome ou idade dos mortos.
A corporação vai apurar o que aconteceu no baile e a necessidade dos agentes em dispararem balas de borracha, bomba de efeito moral e gás lacrimogêneo contra a multidão.
Segundo estimativas da polícia, o baile em Paraisópolis tinha cerca de 5 mil pessoas, mas já chegou a ter 10 mil em eventos antigos.
A ocorrência fez parte da missão Noite Tranquila, que ocorre desde janeiro deste ano, em que a polícia é chamada para dispersar ou evitar que bailes funks se instalem em regiões da cidade. A PM disse que o número de ocorrências caiu desde o começo do ano.
Segundo o porta-voz, a missão “foi técnica e correta” e não há por que a PM mudar a atuação nos bailes funk mesmo depois das fatalidades desta noite.