Alunos da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) ocuparam os prédios da universidade no início da manhã desta quarta-feira (23), no campus Perdizes, zona oeste de São Paulo, em represália à "demissão" de uma professora negra do curso de Serviço Social. A PUC-SP informou que a professora não foi demitida, e sim contratada temporariamente para cobrir o afastamento de outra profissional que retornou ao cargo.Após ocupação de estudantes, PUC-SP suspende aulas nesta quarta O CASS (Centro Acadêmico do curso de Serviço Social) da PUC disse, por meio de nota, que a ocupação foi uma "resposta as agressões sofridas durante a ocupação, ameaçando a resistência, a segurança dos alunos e o atendimento das pautas exigidas". Em nota, a PUC informou que a reitoria acompanha as tratativas em curso entre os estudantes e a professora, "com forte expectativa de que se chegue à melhor solução". A universidade, por sua vez, reconheceu a relevância das demandas dos alunos, as quais incorporam questões acerca da temática racial. "Destaca-se a implementação do programa Inclusão Social: cotas étnico-raciais" — na prática, isso significa que a PUC concede bolsas de estudo na pós-graduação stricto sensu, desde o segundo semestre de 2017. Ainda para atender as demandas dos alunos, a PUC informa que realiza reuniões com o conjunto de representações do corpo discente para o estabelecimento de uma política de permanência dos estudantes na Universidade, iniciada com bolsas alimentação. Para o segundo semestre deste ano, a PUC afirmou que dará continuidade ao programa. "Já elaboramos proposta de política de bolsas de estudo, com critério de recorte racial, para alunos da graduação". O CASS informou, também, que "busca a compreensão e a garantia da não criminalização dos alunos que permanecem resistindo a ocupação".