Após discurso em que cobrou Lula sobre a Enel, Nunes reclama pessoalmente com presidente: ‘Estão sofrendo’
Apagão após vendaval leva prefeito e governador a cobrarem ação federal, enquanto Ministério de Minas e Energia reage a críticas
São Paulo|Do R7
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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), apelou diretamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por auxílio diante da crise no fornecimento de energia elétrica causada pela Enel.
O pedido ocorreu durante evento público realizado em Osasco, na Região Metropolitana, nesta sexta-feira (12), dias após um vendaval deixar centenas de milhares de imóveis sem luz na capital e em cidades vizinhas.
“Eu espero que na segunda-feira (14), presidente, a gente não tenha ainda a cidade de São Paulo com a Enel. O senhor precisa nos ajudar nisso. Não está fácil”, disse Nunes durante discurso. Na plateia, Lula sorriu.
Após a cerimônia, o prefeito e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aproximaram-se do presidente.
Durante a conversa, Nunes apresentou reportagens sobre a falta de energia e mencionou cerca de 500 mil unidades consumidoras afetadas. Prefeito e governador, então, insistem na cobrança.
No fim, o prefeito faz um último pedido ao presidente. “Desculpa te perturbar com isso, mas eu sei que o senhor se preocupa com o povo igual a gente se preocupa. Eles estão sofrendo”, diz na despedida.
Em meio ao diálogo, ainda que de forma fragmentada, Lula citou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, com quem Nunes e Tarcísio têm trocado farpas.
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Pedido de intervenção federal
Na véspera, Tarcísio defendeu publicamente uma intervenção federal na concessionária. Para o governador, a medida representaria o único caminho viável diante da incapacidade operacional apresentada pela Enel após o temporal. Ele avaliou como insuficiente o plano de contingência adotado pela distribuidora.
O posicionamento recebeu resposta do Ministério de Minas e Energia. Em nota, Alexandre Silveira criticou a postura do governo estadual e da Prefeitura paulistana, apontando politização do episódio. Segundo o ministro, a prioridade do Executivo federal permanece concentrada na recomposição do fornecimento com segurança e rapidez.
O vendaval registrado na capital paulista entrou para os registros meteorológicos como o mais intenso da série histórica. Na Lapa, zona oeste, as rajadas atingiram 98 km/h.
Em Congonhas, os ventos chegaram a 96 km/h. O impacto também atingiu o setor aéreo, com mais de 300 voos cancelados nos aeroportos de Congonhas e Guarulhos.
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