Os metroviários de São Paulo decidiram manter as estações das linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha, 15-Prata fechadas após decisão da Justiça paulista de não liberar as catracas.
Diante da postura do governo do estado ao pedir uma liminar ao Poder Judiciário, à qual o sindicato classificou como “irresponsável”, a diretoria do órgão se reuniu às 13h e, após a votação, definiu a continuidade da greve.
O sindicato informou ainda que haverá uma nova audiência de conciliação com o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) às 17h de hoje.
As reivindicações dos grevistas são o pagamento de abono salarial e novas contratações via concursos públicos.
Justiça nega catracas liberadas
A Justiça de São Paulo vetou, em decisão na manhã desta quinta-feira (23), a liberação das catracas do Metrô de São Paulo após a greve dos metroviários e determinou o funcionamento de 80% do serviço em horários de pico e de 60% nos demais horários.
A liminar, assinada pelo desembargador Ricardo Apostólico Silva, foi concedida a pedido do Metrô ao Poder Judiciário, que estabeleceu multa de R$ 500 mil por dia ao Sindicato dos Metroviários de São Paulo em caso de descumprimento da decisão.
"Considerando as circunstâncias e urgência do caso, e diante da manifestação expressa da empresa pela recusa ao procedimento de liberação das catracas, entendo pela necessidade de estabelecer certos parâmetros para o regular exercício do movimento paredista", escreveu o magistrado.
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Os metroviários reclamam da falta de propostas para o pagamento de abono e reivindicam novas contratações por meio de concurso público. O pedido foi feito na tarde de ontem (22) no TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região), com a participação dos representantes do sindicato e do Metrô. O tribunal negou uma liminar a pedido do Metrô para fixar um quantitativo mínimo de funcionamento dos trens caso ocorra a greve.
Já o Metrô, por meio de nota, alegou que "não há justificativa para que o Sindicato dos Metroviários declare greve reivindicando o que já vem sendo cumprido pela empresa, sendo que tal atitude só prejudica a população que depende do transporte público". A empresa ainda disse que "acionará seu plano de contingência para garantir o funcionamento mínimo do sistema e conta com o bom senso da categoria para não prejudicar o transporte de milhões de pessoas".
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