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Morte de torcedor do Corinthians eletrocutado: saiba se é perigoso encostar em postes

Rafael Suman Brolezi, de 16 anos, foi levado para uma unidade de saúde na região de Itaquera, mas não resistiu à descarga elétrica

São Paulo|Lucas Ferreira, do R7

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Rafael foi resgatado, mas não resistiu ao choque
Rafael foi resgatado, mas não resistiu ao choque

A morte do torcedor Rafael Suman Brolezi, de 16 anos, eletrocutado nos arredores do estádio do Corinthians, em Itaquera, zona leste de São Paulo, acendeu uma dúvida: é perigoso encostar-se em postes?

A resposta inicial é não, já que o item — seja de madeira, concreto, seja de metal —, por si só, não tem capacidade de produzir energia. Segundo um especialista, o risco pode estar na estrutura interna do poste.


“Os postes metálicos que têm fios dentro podem se energizar por uma falha de isolamento. O fio desencapa, encosta na carcaça metálica e aí vira energizado”, conta o diretor-executivo da Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade), Edson Martinho.

Em entrevista ao R7, o professor da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) José Aquiles Grimoni afirmou que o furto de cabos pode interromper o aterramento do poste e, portanto, deixar o objeto energizado.


“Transformadores da rede [de energia] que estão em alguns postes têm aterramento feito por um cabo que desce pela lateral do poste. A estrutura é ligada em hastes de cobre enterradas no chão em volta dos postes [para evitar choques]”, explica Grimoni.

A polícia de São Paulo investiga se o furto de cabos teria causado a morte do torcedor do Corinthians nesta semana.


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De acordo com a Abracopel, durante o ano de 2022 foram reportados 26 casos de choque elétrico causado por postes metálicos, dos quais 18 terminaram em morte.

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Segundo os especialistas, postes de concreto são mais seguros quando se trata de energização por acidente. O item, porém, exige uma complexidade maior para instalação. Outra opção seriam os postes de madeira, mas esses requerem um tratamento para que o material tenha uma vida útil maior.

Tanto Grimoni quanto Martinho também explicaram que normalmente não é possível saber a olho nu se um poste está energizado, sendo necessária a utilização de um multímetro para identificar alguma falha desse tipo.

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