O assassinato do ex-presidente e fundador da Mancha Alvi Verde Moacir Bianchi, de 48 anos, na madrugada desta quinta-feira (2) pode ter tido ligacão com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Segundo investigação do DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), a facção vinha tendo grande influência nas decisões da Mancha Alvi Verde. Horas antes do crime, o ex-presidente da organizada estava na sede da Mancha Alvi Verde, na rua Caraibas, em Perdizes, para uma reunião com lideranças da zona norte, zona sul, centro-sul, ABC e interior para tentar amenizar alguns conflitos internos que a uniformizada vem enfrentando há alguns anos. No encontro houve uma confusão na sede porque, segundo relatos, membros do PCC, que nem pertenciam à organizada, estariam no local e a atitude gerou revolta de alguns líderes, entre eles Moacir, que tentou retirar os integrantes da facção criminosa de dentro da sede da torcida palmeirense alegando que a reunião era para discutir a organizada e não assuntos relacionados ao crime organizado. Horas depois da confronto, Moacir foi abordado a caminho de casa e foi assassinado. O assassinato marca o fim, por tempo indeterminado, da maior torcida do Palmeiras. Moacir, que ficou a frente da Mancha Verde de 1989 a 1990, foi abordado por dois carros na avenida Presidente Wilson, no Ipiranga, zona sul de São Paulo e foi alvejado com 22 perfurações de arma de fogo. Segundo o boletim de ocorrência, foram cinco marcas no pescoço, cinco na barriga, três no ombro direito, um no rosto, um no lado direito do tronco, cinco no braço direito, um na perna direita e mais um na cabeça.Assista ao vídeo: Os conflitos internos da torcida ocorrem já há algum tempo e alguns membros antigos da organizada vêm se distanciando das atividades e do estádio, entre eles o presidente de honra Jânio Carvalho, que revelou ao R7 que soube do encerramento das atividades da Mancha pela internet. O envolvimento do PCC está gerando conflitos também em outras torcidas organizadas de São Paulo, mas sem a mesma gravidade até o momento. Outra linha de investigação, porém, investiga um racha na torcida palmeirense. Neste raciocínio, o conflito foi considerado uma resposta a uma briga ocorrida no dia 12 de fevereiro entre membros da sede, em Perdizes, com integrantes de outras regiões. Em nota, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) afirma que "o DHPP investiga a morte de Moacir Bianchi. A vítima foi encontrada no interior de um veículo preto com ferimentos provocados por arma de fogo na Av. Presidente Wilson. Segundo apuração inicial do DHPP, três veículos pararam no semáforo, sendo que um dos ocupantes desceu e efetuou disparos contra Moacir. Foi instaurado inquérito pela equipe C-Sul da 1ª Delegacia da Divisão de Homicídios do DHPP."