Bares e restaurantes se preparam para reabrir após 100 dias em SP
A expectativa é que a capital passe da fase 2 (laranja) para a fase 3 (amarela), de maior flexibilização, que permitirá a reabertura na segunda-feira (29)
São Paulo|Do R7
![O Pasquim Bar e Prosa, na Vila Madalena, já mudou o layout das mesas](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/EDOSFZGRMZIZRNMVIZ33BCRVTE.jpg?auth=2f196c75f0ff340c2365e74ace9087e9cf34922f06c956a0d6b45e357dfbcc0b&width=1280&height=960)
Os bares e restaurantes de São Paulo já mudaram espaço de mesas e cadeiras e incluíram protocolos de saúde para reabrir as portas, após 100 dias fechados por causa da pandemia de coronavírus. O setor é um dos mais impactados pelos efeitos da covid-19.
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A expectativa é que o governo do estado apresente na sexta-feira (26) a nova reclassificação das regiões do estado e a capital paulista passe da fase 2 (laranja) para a fase 3 (amarela), de maior flexibilização das atividades.
Com isso, os restaurantes poderão funcionar por seis horas respeitando protocolos estabelecidos com a prefeitura. O prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB) afirmou nesta quarta-feira (24) que os estabelecimentos deverão abrir a partir da próxima segunda-feira (29).
Entre as ações para o protocolo de retomada dos estabelecimentos, o novo layout dos espaços, com maior distanciamento entre as mesas, para receber 40% da capacidade permitida. Os bares terão de respeitar uma distância de ao menos 1,5 metro entre as mesas.
Outras medidas adotadas são o controle de entrada de clientes, termômetros para medição de temperatura, uso de máscaras, álcool em gel por todo o salão e adaptação de cardápios. Funcionários terão de ter a temperatura aferida diariamente e terão de oferecer álcool em gel para clientes.
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"A retomada consciente é fundamental para que trabalhadores de todos os segmentos tenham de onde tirar o sustento de suas famílias”, diz Humberto Munhoz, sócio-diretor da holding Turn The Table, que gerencia operações como O Pasquim Bar e Prosa, na Vila Madalena, e Vero Coquetelaria, em Pinheiros.
O grupo tinha um faturamento mensal superior a R$ 2 milhões antes do isolamento social e 110 funcionários, que foram mantidos, com as medidas do governo de redução de salário e jornada de trabalho ou suspensão de contrato.
Dados da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), em São Paulo, mostram que mais de 6 milhões de famílias dependem do setor para sobreviver. Desse total, mais de 20% perderam seus empregos desde o início da pandemia do novo coronavírus. Ao final de junho, a previsão é de que esse número possa chegar a 40%.
“Temos mantido diálogo com a prefeitura e apresentamos protocolo de saúde e segurança para a reabertura. Nossa equipe foi treinada com práticas adicionais de higiene e limpeza para garantir o maior cuidado com todos os presentes e tornar os estabelecimentos ainda mais seguros”, explica Munhoz.
Os bares reivindicam que, além da autorização para voltar a receber clientes, a cidade os libere a montar mesas nas calçadas sem cobrança de TPU (Termo de Permissão de Uso) e permita que as taxas pagas para o uso durante os meses de pandemia possam ser usadas para liberar as calçadas no mesmo período, do ano que vem. A mudança teria de passar pela Câmara Municipal.
Barbearias e salões de beleza
Com a mudança de fase da capital, barbearias e salões de beleza também poderão reabrir as portas, novamente seguindo protocolos de segurança já negociados com a Prefeitura: limite de 40% da capacidade e de seis horas de operação diária.
Além disso, shoppings e comércio de rua poderão ampliar de quatro para seis o horário de funcionamento comercial, e ampliar o limite de público sendo atendido de 20% para 40% da capacidade.
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