Caso Cadu: PM faz buscas com cães para encontrar jovem desaparecido
Equipes da Corregedoria e do Choque vasculham mata em Jarinu (SP) onde o corpo poderia ter sido deixado por PMs — três estão afastados das funções
São Paulo|Cesar Sacheto, do R7, com informações da Record TV
A Corregedoria da Polícia Militar e o Batalhão de Choque realizaram, nesta quarta-feira (8), uma operação de busca em uma área de mata em Jarinu, no interior de São Paulo, após receber denúncias sobre a possibilidade de um local onde o corpo de Carlos Eduardo dos Santos Nascimento, de 20 anos, teria sido abandonado. No entanto, nenhuma pista do paredeiro do rapaz teria sido descoberta. As informações são do programa Cidade Alerta, da Record TV.
Leia também: Cidade Alerta revela nomes dos três PMs suspeitos
Cadu, como é conhecido por amigos e familiares, desapareceu no dia 27 de dezembro do ano passado, depois de ter sido colocado no porta-malas de uma viatura da Força Tática do 49º BPM/M durante uma revista em frequentadores de um bar de Jundiaí. Os três policiais que teriam levado Cadu estão afastados de suas funções.
Com base nas denúncias recebidas, homens e cães farejadores do Batalhão de Choque vasculharam três pontos de um matagal, todos situados às margens da Estrada Municipal Atilio Squizato, a cerca de 35 km de distância do local onde Cadu foi visto pela última vez.
Leia também: Cães heróis, uma tropa que tem faro de justiça
Para tentar encontrar pistas do corpo, os policiais militares se reuniram por aproximadamente uma hora com a família de Cadu e solicitaram roupas do desaparecido. "Eles pegaram peças do meu filho. Mas é melhor eu ficar para o meu cheiro não atrapalhar o cão", disse a mãe do rapaz, bastante abalada, mas esperançosa em encontrar o filho com vida.
Leia também
Investigação
Após tomar conhecimento da ocorrência, amigos e familiares de Cadu foram até a delegacia da região para procurar pelo jovem, mas não havia registro de abordagem ou prisão de ninguém. O caso está sendo investigado pela DIG (Divisão de Investigações Gerais) de Jundiaí.
Uma viatura da Força Tática do 49º Batalhão da PM, que teria realizado a abordagem ao jovem, foi vista por testemunhas na região da mata onde o corpo do jovem teria sido deixado.
Segundo integrantes da Corregedoria, a viatura policial está sendo periciada, mas nenhum indício do jovem foi encontrado. O uso da substância química Luminol — especial para a identificação de vestígios de sangue — na viatura teria prejudicado o olfato dos cães.